segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Greve da rede municipal do Rio de Janeiro 2013: uma lição histórica de luta

 




A rede municipal do Rio de Janeiro em greve desde 8 de agosto – tendo suspendido a paralisação entre 10 e 20 de setembro – continua dando para o país uma histórica lição de luta.




Após quase 20 anos sem greve por tempo indeterminado, a categoria dos educadores tem demonstrado força e determinação desde seu primeiro dia.




Ecoando as grandes manifestações que se alastram pelo Brasil nos últimos meses de junho e julho, os profissionais da educação finalmente “acordaram”. E em multidões ocupam os ginásios e as ruas para protestar por uma educação pública de qualidade e melhores condições salariais e de trabalho.




Destaque para a decisiva assembleia ocorrida no chamado “Terreirão”, nas imediações da Central do Brasil, no dia 26 de agosto, quando a disposição de luta da categoria venceu os temores de alguns que apresentaram e defenderam o fim da greve, que completava  18 dias naquela data. Muita luta haveria ainda de acontecer.




Dali em diante, o movimento só cresceu, atingindo o seu maior ímpeto na ocupação da Câmara Municipal, quando uma centena de manifestantes se instalou para cobrar audiência e retorno das negociações.




Do alto do seu despreparo e desespero, os governos estadual e municipal passaram a atacar violentamente as manifestações dos profissionais em greve de ambas as redes, do estado e do município.




Um clamor público se espalhou nacional e internacionalmente. As chamadas redes sociais “bombaram” com os atos de “vandalismo” da Polícia Militar a mando dos desgastados governador e prefeito do Rio de Janeiro.




A barbárie oficial não foi capaz de esmorecer os ânimos de luta de uma brava categoria: nem bombas de efeito moral, nem jatos de pimenta, nem balas de borracha, nem cassetetes, nem pontapés dos policiais militares. Até armas letais foram sacadas, como denunciou a imprensa.




Papel fundamental, além da consciência de luta e da disposição para o embate, foram as mídias alternativas, que em tempo real documentaram e divulgaram momentos de grave tensão durante as manifestações de rua.




Os governos não se declinavam a negociar, de fato e de direito, com a categoria e o sindicato. Postergando indefinidamente o impasse. A Justiça (com as devidas reservas) foi acionada para uma eventual saída, que resultou num polêmico ”acordo” no STF.




Os governos, além de não atenderem a pauta de reivindicações, vêm num crescente ataque aos direitos de expressão e organização dos trabalhadores, tentando quebrar o sindicato com multas astronômicas e impor assédio moral aos grevistas.




A mídia comercial hegemônica vem insinuando no atual momento político e social uma volta ao regime de exceção ou, ao menos, o retorno de seus dispositivos jurídicos e policiais. As manchetes estampam conhecidas nomenclaturas: “baderna”, “vandalismo”, “fascismo” etc.




São sinais do tempo presente. Cabe às forças progressistas e esclarecidas rejeitar a todo custo o retorno daquilo que ficou conhecido e temido como “ovo da serpente”. Entre nós, foram mais do que o bastante os 21 anos de sombras e de terror...




Só a luta transforma a vida!


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