quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sepe/RJ realiza assembleia geral da rede municipal de Casimiro de Abreu, em 17 de maio.



No dia 17 de maio, sábado, o Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu realizou assembleia geral da rede municipal de Casimiro de Abreu, no salão paroquial da Igreja Matriz, no centro de Casimiro de Abreu.


Da pauta constavam os pontos: 1) Campanha Salarial 2014; 2) Rede Municipal de Casimiro de Abreu; 3) Assuntos gerais. A pauta unificada da Educação está servindo de base para as demais redes de ensino, incluindo as de Casimiro de Abreu e Rio das Ostras.



A presente assembleia aprovou uma paralisação de 48 horas nos dias 28 e 29 de maio, com Caminhadas em Barra de São João (concentração na Praça das Primaveras) e um Casimiro de Abreu (concentração na Praça Feliciano Sodré).



Dentre os vários problemas da rede, foi destacado o assédio moral praticado por algumas direções, que tentam reprimir a organização e mobilização da categoria junto ao sindicato.


Só a luta transforma a vida!


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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sepe realiza assembleia de aposentados em 26 de maio.


No dia 26 de maio, segunda-feira, realizou-se assembleia específica de aposentados, na sede do Núcleo, para tratar da ação judicial referente à gratificação Nova Escola.


Na ocasião, foi distribuído entre os presentes um formulário com objetivo de autorizar o Sindicato a dar prosseguimento à ação, no sentido de agilizar o recebimento dos valores devidos pelo governo.



Existe a possibilidade de novos interessados poderem ingressar na Justiça e participarem desta ação, sem data ainda prevista.





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terça-feira, 27 de maio de 2014

Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu convoca assembleia local da rede estadual em Rio das Ostras




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Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu Convoca Assembleia Unificada em Casimiro de Abreu


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O pavor dos abastados: a desigualdade e a taxação das riquezas





POR LEONARDO BOFF

Está causando furor entre os leitores de assuntos econômicos, economistas e principalmente pânico entre os muito ricos um livro de 700 páginas escrito em 2013 e publicado em muitos países em 2014. Tranasformou-se num verdadeiro best-seller. Trata-se de uma obra de investigação, cobrindo 250 anos, de um dos mais jovens (43 anos) e brilhantes economistas franceses, Thomas Piketty. O livro se intitula O capital no século XXI (Seuil, Paris 2013). Aborda fundamentalmente a relação de desigualdade social produzida por heranças, rendas e principalmente pelo processo de acumulação capitalista, tendo como material de análise particularmente a Europa e os USA.

A tese de base que sustenta é: a desigualdade não é acidental mas o traço característico do capitalismo. Se a desigualdade persisitir e aumentar, a ordem democrática estará fortemente ameaçada. Desde 1960, o comparecimento dos eleitores nos USA diminuiu de 64% (1960) para pouco mais de 50% (1996), embora tenha aumentado ultimamente. Tal fato deixa perceceber que é uma democracia mais formal que real.

Esta tese sempre sustentada pelos melhores analistas sociais e repetida muitas vezes pelo autor destas linhas, se confirma: democracia e capitalismo não convivem. E se ela se instaura dentro da ordem capitalista, assume formas distorcidas e até traços de farça. Onde ela entra, estabelece imediatamente relações de desigualdade que, no dialeto da ética, significa relações de exploração e de injustiça. A democracia tem por pressuposto básico a igualdade de direitos dos cidadãos e o combate aos privilégios. Quando a desigualdade é ferida, abre-se espaço para o conflito de classes, a criação de elites privilegiadas, a subordinação de grupos, a corrupção, fenômenos visíveis em nossas democracias de baixíssima intensidade.

Piketty vê nos USA e na Gran Bretanha, onde o capitalismo é triunfante, os países mais desiguais, o que é atestado também por um dos maiores especialistas em desiguldade Richard Wilkinson. Nos USA executivos ganham 331 vezes mais que um trabalhador médio. Eric Hobsbown, numa de suas últimas intervenções antes de sua morte, diz claramente que a economia política ocidental do neoliberalismo “subordinou propositalmenet o bem-estar e a justiça social à tirania do PIB, o maior crescimento econômico possível, deliberadamente inequalitário”.

Em termos globais, citemos o corajoso documento da Oxfam intermón, enviado aos opulentos empresários e banqueiros reunidos em Davos nos janeiro deste ano como conclusão de seu “Relatório Governar para as Elites, Sequestro democrático e Desigualdade econômica”: 85 ricos têm dinheiro igual a 3,57 bihões de pobres do mundo.

O disurso ideológico aventado por esses plutocratas é que tal riqueza é fruto de ativos, de heranças e da meritocracia; as fortunas são conquistas merecidas, como recompensa pelos bons serviços prestados. Ofendem-se quando são apontados como o 1% de ricos contra os 99% dos demais cidadãos, pois se imaginam os grandes geradores de emprego.

Os prêmios Nobeis J. Stiglitz e P. Krugman tem mostrado que o dinheiro que receberam do Governo para salvarem seus bancos e empresas mal foram empregados na geração de empregos. Entraram logo na ciranda financeira mundial que rende sempre muito mais sem precisar trabalhar. E ainda há 21 trilhões de dólares nos paraísos fiscais de 91 mil pessoas.

Como é possível estabelecer relações mínimas de equidade, de participação, de cooperação e de real democracia quando se revelam estas excrecências humanas que se fazem surdas aos gritos que sobem da Terra e cegas sobre as chagas de milhões de co-semelhantes?

Voltemos à situação da desigualdade no Brasil. Orienta-nos o nosso melhor especialista na área, Márcio Pochmann (veja também Atlas da exclusão social – os ricos no Brasil, Cortez, 2004): 20 mil famílias vivem da aplicação de suas riquezas no circuito da financeirização, portanto, ganham através da especulação. Continua Poschmann: os 10% mais ricos da população impõem, historicamente, a ditadura da concentração, pois chegam a responder por quase 75% de toda riqueza nacional. Enquanto os 90% mais pobres ficam com apenas 25%”(Le Monde Diplomatique, outubro 2007).

Segundo dados de organismos econômicos da ONU de 2005, o Brasil era o oitavo país mais desigual do mundo. Mas graças às políticas sociais dos últimos dois governos, diga-se honrosamente, o índice de Geni (que mede as desigualdades) passou de 0,58 para 0,52. Em outras palavras, a desigualdade que continua enorme, caiu 17%.

Piketty não vê caminho mais curto para diminuir as desigualdades do que a severa intervenção do Estado e da texação progressiva da riqueza, até 80%, o que apavora os super-ricos. Sábias são as palavras de Eric Hobsbown: “O objetivo da economia não é o ganho mas sim o bem-estar de toda a população; o crescimento econômico não é um fim em si mesmo, mas um meio para dar vida a sociedades boas, humanas e justas”.

E como um gran finale a frase de Robert F. Kennedy:”o PIB inclui tudo; exceto o que faz a vida valer a pena.”


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Classes e luta de classes: classe trabalhadora e ditadura

POR WLADIMIR POMAR

A classe trabalhadora que emergiu nas greves de 1978 em diante não era a mesma que travara as grandes lutas dos anos 1950 e início dos anos 1960. Entre 1965 e 1973, a ditadura atraíra grandes capitais estrangeiros para a área metalomecânica. E, ao realizar a modernização capitalista dos latifúndios, expulsara grandes massas de trabalhadores dos campos para servir como força de trabalho na industrialização. Essa nova classe trabalhadora, portanto, foi filha do “milagre econômico”. E sua força se devia, em grande medida, ao fato de haver sido concentrada na região metropolitana da capital paulista, compreendendo quase 10 municípios, com destaque para os santos ABC.

As empresas estrangeiras e nacionais do período do “milagre” haviam contado, então, com uma enorme força de trabalho excedente, livre de qualquer propriedade de meios de produção e à disposição de quem quisesse comprá-la no mercado. Além de se beneficiarem com o fato de essa força de trabalho considerar o salário, mesmo sob arrocho, uma conquista nova e positiva, os capitalistas ainda contavam com uma legislação draconiana de salários comprimidos e impeditiva de greves e manifestações. A burguesia sentia-se no paraíso.

No entanto, à medida que a crise se instalou, a inflação subiu e o “milagre” mostrou sua cara verdadeira, a nova classe trabalhadora começou a despertar para a realidade da exploração capitalista e para a existência de um regime que não tolerava reivindicações. “Operações tartaruga”, pressões para a organização e funcionamento de comissões de prevenção de acidentes e outras manifestações dentro das fábricas eram sinais de que havia mudanças nas ilusões e no humor daquela classe que operava as máquinas.

Em 1978 esses sinais transformaram-se em mobilizações grevistas, a partir da experiência das “máquinas paradas” da Volvo. Elas se espraiaram por toda a zona fabril do ABC e da capital paulista. Foram seguidas de greves de várias outras categorias profissionais e engrossadas pelo Movimento do Custo de Vida. A insatisfação diante do arrocho salarial e da carestia rompeu a proibição de greves e reivindicações trabalhistas, tisnando os movimentos dos trabalhadores de um evidente caráter político. Ao encarar problemas econômicos, sociais e políticos como problemas militares de segurança nacional, a ditadura armou a própria arapuca que a impedia de tratar as greves por salários como problemas econômicos e sociais.

Desde as últimas greves e manifestações de 1968, os trabalhadores de todos os tipos viram-se reprimidos por uma década inteira. Nessas condições, ao derrubarem a proibição das greves, as camadas populares também se jogaram a lutas de confronto com as forças policiais, que resultaram em quebra-quebras. Frente à tsunami de mobilização social, o governo militar não só reiterou sua disposição de combater a proliferação de movimentos reivindicatórios, como afirmou que tais movimentos não podiam nem deviam utilizar conceitos democráticos para apressar as mudanças em curso. Da mesma forma que faziam os políticos centristas e o PCB, o regime considerava que a mobilização social levaria a retrocessos políticos, não à democracia.

Ao atirar essa pedra sobre as centenas de milhares de trabalhadores mobilizados, a ditadura politizou ainda mais o movimento econômico e social, colocando-o diante do significado real da democracia. Jornais e revistas da época conseguiram colocar em circulação algumas das expressões que pessoas comuns utilizavam para explicar o conceito democracia. Iam dos simplórios “homem livre”, “não cativo”, “direito de reclamar” aos mais complexos “demonstração da vontade popular” e “participação do povo no governo”. O que nada tinha a ver com a concepção de “democracia disciplinada” do governo militar.

Durante todo o ano de 1978, tendo por base uma série de greves mobilizando centenas de milhares de trabalhadores, inúmeros dirigentes sindicais passaram a realizar reuniões conjuntas e a discutir suas reivindicações e suas opiniões sobre a democracia que achavam necessária para o país. De imediato, chegaram a uma pauta comum, incluindo direito de greve, autonomia sindical, revogação da Lei Falcão, fim dos senadores biônicos, eleição direta, justa distribuição de renda, e outras reivindicações que extravasavam as pautas econômicas e sociais e ingressavam decididamente na pauta política.
No final daquele ano, os metalúrgicos de São Bernardo aprovaram a criação de uma Central Única de Trabalhadores e passaram a trabalhar no sentido de colocar em prática a decisão, embora o governo tenha declarado tratar-se de uma ilegalidade. Sem forças para debelar a onda grevista e o processo de organização sindical e político dos trabalhadores, o governo Figueiredo convocou alguns dos dirigentes sindicais mais destacados, como Lula, Olívio Dutra e Arnaldo Gonçalves, para chegar a algum tipo de acordo quanto aos reajustes salariais e o combate à inflação. O governo queria um limite de 5% nos aumentos salariais e uma trégua de dois anos nas greves.

Nessa mesma linha, na comemoração do 1º de maio de 1979, o presidente Figueiredo tentou fazer uma salada mista. Prometeu combater a inflação e, ao mesmo tempo, considerou “insensatas” as reivindicações de aumentos salariais, tentando jogar sobre os trabalhadores a culpa pela elevação inflacionária. Para completar, ameaçou “aplicar as leis” contra os que ameaçavam o “estado de direito” e a “tranquilidade da família brasileira”, ou conduziam à “desordem social”.

Com razão, e boa dose de coragem, os sindicalistas afirmaram que as liberdades democráticas jamais haviam existido para os trabalhadores. E colocaram em dúvida a existência de um “estado de direito” que não respeitava a liberdade individual e coletiva, nem o habeas corpus, revogados pelo AI5. Em outras palavras, o novo sindicalismo expressava o aprendizado das bases operárias em seu confronto diário com o patronato e, naquela ocasião, com o aparato antigreve da ditadura. Um conjunto de dirigentes sindicais amadurecia rapidamente frente aos problemas políticos da sociedade brasileira e concluía que a democracia pretendida pelos militares no poder nada tinha a ver com a democracia com liberdades públicas.

Essa percepção se tornou cada vez mais consciente à medida que as greves eram consideradas e tratadas, seja pelos empresários, seja pelo governo, como um assunto de segurança nacional. A pretexto das reivindicações e mobilizações dos trabalhadores causarem empecilhos à abertura política, e ao tipo de democracia pretendido pelo regime em seu processo de retirada estratégica, o grupo militar no poder desdobrou-se para convencer o conjunto da população de que os trabalhadores agiam contra os interesses nacionais e eram um perigo que ameaçava a todos.

Foi em meio a essas tensões sociais, especialmente resultante das lutas dos trabalhadores, que a ditadura decidiu, a toque de caixa, realizar uma reformulação partidária. Seu objetivo tático: dividir a oposição consentida, organizada no MDB, e reorganizar as forças conservadoras em diferentes siglas. Em tese, enfraquecer a oposição, levar em conta as divergências em sua base política, mas aglutiná-la numa frente única de apoio ao regime.

Essa reformulação extinguiu os partidos existentes, obrigou os novos partidos a se denominarem “partidos”, proibiu os militantes partidários a ter por base credos religiosos, sentimentos de raça ou classe, e condicionou a existência deles à posse de 10% de representantes na Câmara e no Senado. O general Figueiredo não se esqueceu de alertar que as pessoas podiam ser comunistas, mas não podiam se organizar como partido, algo proibido pela constituição ditatorial.

O general Golbery supunha que a reorganização partidária daria lugar a uns quatro partidos. Um congregaria o democratismo radical da pequena burguesia existente no MDB. Outro reuniria os liberais do MDB com alguns liberais presentes na ARENA. Outro atrairia o sindicalismo pelego do antigo PTB. E outro poderia representar os setores mais conservadores da Arena. Golbery temia que Brizola empalmasse a reorganização do PTB e tomou medidas para impedir isso, negociando apoio a Ivete Vargas. Mas não acreditou na possibilidade de os novos sindicalistas tomarem a decisão de organizarem um partido de trabalhadores, que também atraísse as várias correntes de esquerda, derrotadas no processo da luta armada, incluindo setores consideráveis dos socialistas e comunistas.

Estava mal informado, pois a essa altura a formação do Partido dos Trabalhadores (PT) já fazia parte da pauta de discussão de parte considerável dos novos sindicalistas e de representantes de várias correntes políticas clandestinas. Além disso, havia uma clara tendência de que o PT assumisse como bandeira a democracia socialista. Isto é, uma democracia em que houvesse iguais oportunidades para todos e atendesse às novas demandas sociais. Nessas condições, a coincidência da fundação do PT com a deflagração de novas greves do ABC foi tomada como confronto à política de abertura do governo militar.

Bem vistas as coisas, criou-se uma situação em que foi ficando claro tratar-se de uma daquelas batalhas na qual se decide o resultado da guerra, mesmo que esta ainda se prolongue por algum tempo mais. O governo colocou toda a sua máquina estatal e paraestatal para impedir o sucesso das greves. O próprio Golbery atuava diretamente sobre os empresários para impedi-los de negociar com os grevistas, a pretexto de que seus objetivos seriam políticos, não econômicos. Também pressionava a Justiça do Trabalho para definir a greve como ilegal e decretar a intervenção nos sindicatos. Todas as cartas foram jogadas.



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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Sepe/RJ realiza assembleia geral unificada seguida de ato público em 22 de maio. Núcleo presente.

No dia 22 de maio, quinta-feira, o Sepe/RJ realizou assembleia geral unificada  — rede estadual e rede municipal do Rio de Janeiro  —  no Clube Hebraica, Laranjeiras. Após a assembléia ocorreu ato público com passeata pela cidade. A seguir, galeria de fotos tiradas durante as atividades:
















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Projeto Sepe vai à escola (36): Roteiro de visitas no distrito de Barra de São João, em Casimiro de Abreu.



No dia 20 de maio, a direção so Núcleo percorreu um roteiro de visitas em escolas municipais no distrito de Barra de São João, no Município de Casimiro de Abreu.



As unidades  escolares visitadas foram: 1) C.M. Casimiro de Abreu, 2) Ciep Municipalizado Ludevis Teixeira Bastos, 3) Centro de Educação Infantil João Teixeira Bastos, 4) Creche Municipal Gélio Alves Faria e 5) Escola Municipal Pr. Abel de Souza Lyrio.


O objetivo destas visitas foi divulgar o calendário de atividades organizado pelo Núcleo, tendo em vista a Campanha Salarial Unificada de 2014. Ocorreu também a distribuição de materiais do Sepe, incluindo o panfleto contendo a pauta de reivindicações.


A categoria mostrou-se receptiva, solicitando informações e apoio do Sindicato no caso de eventual  represália quanto à adesão ao movimento de paralisação de 48 horas nos dias 28 e 29 de maio próximos.




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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Sepe Rio das Ostras e Casimiro de Abreu Convoca Assembleia de Aposentados (as) da Rede Estadual: AÇÃO NOVA ESCOLA


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terça-feira, 20 de maio de 2014

Quanto de barbárie existe ainda dentro de nós?




POR LEONARDO BOFF

Perversidades sempre existiram na humanidade, mas hoje com a proliferação dos meios de comunicação, algumas ganham relevância e suscitam especial indignação. O caso mais clamoroso, nos inícios de maio de 2014, foi o linchamento da inocente Fabiane Maria de Jesus em Guarujá no litoral paulista. Confundida com uma sequestradora de crianças para efeito de magia negra, foi literalmente estraçalhada e linchada por uma turba de indignados.

Tal fato constitui um desafio para a compreensão, pois vivemos em sociedades ditas civilizadas e dentro delas ocorrem práticas que nos remetem aos tempos de barbárie, quando ainda não havia contrato social nem regras coletivas para garantir uma convivência minimamente humana.
Há uma tradição teórica que tentou dilucidar tal fato. Em 1895 Gustave Le Bon escreveu, quiçá por primeiro, um livro sobre a “Psicologia das massas”. Sua tese é que uma multidão, dominada pelo inconsciente, pode formar uma “alma coletiva” e passa a praticar atos perversos que, a “alma individual”, normalmente jamais praticaria. O norte-americano H. L. Melcken ainda em 1918 escreveu “A Turba” um estudo judicioso sobre o fato e mostra a identificação do grupo com um lider violento ou com uma ideologia de exclusão que ganha então um corpo próprio e, sem controle, deixa irromper o bárbaro que que ainda se aninha no ser humano. Freud em 1921 retomou a questão com o seu “Psicologia das massas e a análise do eu”. Os impulsos de morte, subsistentes no ser humano, dadas certas situações coletivas, diz ele, escapam ao controle do superego (consciência, regras sociais) e aproveitam o espaço liberado para se manifestar em sua virulência. O indivíduo se sente amparado e animado pela multidão para dar vazão à violência escondida dentro dele.
A análise mais instigante foi feita pela filósofa Hannah Arendt. Em 1961 acompanhou em Jerusalém todo o processo de julgamento do criminoso nazista Adolf Eichamann por crimes contra humanidade. Arendt escreveu em 1963 um livro que irritou a muitos:”Eichmann em Jerusalém:um relato sobre a banalização do mal”. Ela cunhou a expressão “a banalização do mal”. Mostrou como a identificação com a figura do “Führer” e as ordens dadas de cima podem levar às piores barbaridades com a consciência mais tranquila do mundo. Mas não só em Eichmann se expressa a barbárie. Também naqueles judeus que extravassavam seu ódio a ele, exigindo os piores castigos, como expressão também de um mal interno.
Que concluimos disso tudo? Que um conceito realista do ser humano deve incluir também sua desumanidade. Somos sapentes e dementes. Em outras palavras: a barbárie, o crime, o assassinato pertencem ao âmbito do humano. Demos um dia, há milhares de anos, o salto da animalidade para a humanidade, do inconsciente para o consciente, do impulso destrutivo para a civilização. Mas esse salto ainda não se completou totalmente.
Carregamos dentro de nós, latente mas sempre atuante, o impulso de morte. A religião, a moral, a educação, o trabalho civilizatório foram os meios que desenvolvemos para pôr sob controle esses demônios que nos habitam. Mas essas instâncias não detém aquela força que possa submeter tais impulsos às regras de uma civilização que procura resolver os problemas humanos com acordos e não com o recurso da violência.
Cumpre reconhecer que vigora em nós ainda muita barbárie. Não diria animalidade, pois os animais se regem por impulsos instintivos de preservação da vida e da espécie. Em nós esses impulsos perduram mas temos condições de conscientizá-los, canalizá-los para tarefas dignas, através de sublimações não destrutivas, como Freud e recentemente, o filósofo René Girard com seu “desejo mimético” positivo tanto insistiram.
Mas ambos se dão conta do caráter misterioso e desafiante da persistência desse lado sombrio (pulsão de morte em dialética com a pulsão de vida) que dramatiza a condição humana e pode levar a fatos irracionais e criminosos como o linchamento de uma pessoa inocente.
Todos pensamos nos linchadores. Mas quais seriam os sentimentos de Fabiane Maria de Jesus, sabendo-se inocente e sendo vítima da sanha da multidão que faz “justiça” com suas próprias mãos? A questão principal não é o Estado ausente e fraco ou o sentimento de impunidade. Tudo isso conta. Mas não esclarece o fato da barbaridade.Ela está em nós. E a toda hora no mundo ela ressurge com expressões inomináveis de violência, algumas reveladas pela Comissão da Verdade que analisa as torturas e as abominações praticadas por tranquilos agentes do Estado de terror, implantado no Brasil.
O ser humano é uma equação ainda não resolvida: cloaca de perversidade para usar uma expressão de Pascal e ao mesmo tempo irradiação de bondade de uma Irmã Dulce na Bahia que aliviava os padecimentos dos mais miseráveis. Ambas realidades cabem dentro desse ser misterioso – o ser humano – que sem deixar de ser humano ainda pode ser desumano.
Temos que completar ainda o salto da barbárie para a plena humanidade. A situação violenta do mundo atual, também contra a Mãe Terra nos deixa apreensivos sobre a possibilidade de um desfecho feliz deste salto. Só mesmo um Deus nos poderá humanizar. Ele tentou mas acabou na cruz. Um dos significados da ressurreição é nos dar a esperança que ainda é possível. Mas para isso precisamos crer e esperar.


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