Por Valéria
Nader e Gabriel Brito
Do Correio da Cidadania
Em greve há exatos 60 dias, os professores da rede
municipal do Rio de Janeiro protagonizam o grande movimento reivindicatório do
momento, portanto, tornando-se os novos alvos da disputa ideológica em torno
dos atos de rua, e seus significados, que vêm colocando o país de manifesto.
Assim, a pauta da categoria em greve foi praticamente substituída pelas
polêmicas em torno de violências nos protestos, seja por parte da polícia ou do
novo ator político da cena, o black bloc.
"Manifestar, em todo e qualquer momento, sem
ser agredido pelas forças do Estado, é direito inegociável que deve ser garantido,
em forma organizada e política, pelas próprias forças que se manifestam”, disse
ao Correio da Cidadania o historiador Mario Maestri, em entrevista que discute
a atuação e a pertinência da tática do bloco negro, condenados ou cantados em
verso e prosa dentro dos próprios debates da esquerda.
Maestri não mostra deslumbramento com a audácia dos
ainda pouco interpretados ativistas de preto, mas pondera a discussão
destacando a incessante atuação da mídia (que, não custa lembrar, pediu e
recebeu o sangue dos manifestantes antes da virada de 13 de junho), aliada aos
grupos estabelecidos no poder, no sentido único e exclusivo de desmobilizar os
movimentos através do medo, enquanto omite toda a barbárie policial.
"Quando de greves, (a mídia) foca os distúrbios
causados por elas na vida da população, negando-se sem pudor a noticiar as
razões mesmo superficiais de tais movimentos. Nas recentes manifestações no Rio
de Janeiro em apoio aos professores, essa prática alcançou níveis inauditos”,
assinala o historiador gaúcho.
Em sua visão, a explosão de junho ainda não criou o
impulso posterior para a formação de um grande, e mais unificado, movimento em
torno das necessidades essenciais, entre outras coisas porque "vivemos
ainda dolorosamente o peso subjetivo da terrível derrota histórica do mundo do
trabalho, em fins dos anos 1980”, além de faltarem maior organização partidária
e sindical para dar conta da magnitude do momento e capitalizá-lo em favor das
causas e organizações populares.
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