A rede municipal do Rio de Janeiro em greve desde 8
de agosto – tendo suspendido a paralisação entre 10 e 20 de setembro – continua
dando para o país uma histórica lição de luta.
Após quase 20 anos sem greve por tempo
indeterminado, a categoria dos educadores tem demonstrado força e determinação
desde seu primeiro dia.
Ecoando as grandes manifestações que se alastram
pelo Brasil nos últimos meses de junho e julho, os profissionais da educação
finalmente “acordaram”. E em multidões ocupam os ginásios e as ruas para
protestar por uma educação pública de qualidade e melhores condições salariais
e de trabalho.
Destaque para a decisiva assembleia ocorrida no
chamado “Terreirão”, nas imediações da Central do Brasil, no dia 26 de agosto,
quando a disposição de luta da categoria venceu os temores de alguns que
apresentaram e defenderam o fim da greve, que completava 18 dias naquela data. Muita luta haveria ainda
de acontecer.
Dali em diante, o movimento só cresceu, atingindo o
seu maior ímpeto na ocupação da Câmara Municipal, quando uma centena de manifestantes
se instalou para cobrar audiência e retorno das negociações.
Do alto do seu despreparo e desespero, os governos
estadual e municipal passaram a atacar violentamente as manifestações dos
profissionais em greve de ambas as redes, do estado e do município.
Um clamor público se espalhou nacional e
internacionalmente. As chamadas redes sociais “bombaram” com os atos de
“vandalismo” da Polícia Militar a mando dos desgastados governador e prefeito
do Rio de Janeiro.
A barbárie oficial não foi capaz de esmorecer os
ânimos de luta de uma brava categoria: nem bombas de efeito moral, nem jatos de
pimenta, nem balas de borracha, nem cassetetes, nem pontapés dos policiais
militares. Até armas letais foram sacadas, como denunciou a imprensa.
Papel fundamental, além da consciência de luta e da
disposição para o embate, foram as mídias alternativas, que em tempo real
documentaram e divulgaram momentos de grave tensão durante as manifestações de
rua.
Os governos não se declinavam a negociar, de fato e
de direito, com a categoria e o sindicato. Postergando indefinidamente o
impasse. A Justiça (com as devidas reservas) foi acionada para uma eventual
saída, que resultou num polêmico ”acordo” no STF.
Os governos, além de não atenderem a pauta de
reivindicações, vêm num crescente ataque aos direitos de expressão e
organização dos trabalhadores, tentando quebrar o sindicato com multas
astronômicas e impor assédio moral aos grevistas.
A mídia comercial hegemônica vem insinuando no
atual momento político e social uma volta ao regime de exceção ou, ao menos, o
retorno de seus dispositivos jurídicos e policiais. As manchetes estampam
conhecidas nomenclaturas: “baderna”, “vandalismo”, “fascismo” etc.
São sinais do tempo presente. Cabe às forças
progressistas e esclarecidas rejeitar a todo custo o retorno daquilo que ficou
conhecido e temido como “ovo da serpente”. Entre nós, foram mais do que o
bastante os 21 anos de sombras e de terror...
Só a luta transforma a vida!
Diretoria do
Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
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