terça-feira, 7 de abril de 2015

Conversando com versos (124): "Teu lenço", de Sebastião Guimarães Passos (1867-1909)





Esse teu lenço que eu possuo e aperto.
de encontro ao peito quando durmo, creio
que hei de um dia mandar-te, pois roubei-o
e foi meu crime, em breve, descoberto.

Luto, contudo, a procurar quem certo
possa nisto servir-me de correio;
tu nem calculas qual o meu receio,
se, em caminho, te fosse o lenço aberto...

Porém, ó minha vívida quimera!
Fita as bandas que habito, fita e espera,
que, enfim, verás em trêmulos adejos,

Em cada ponta um beija-flor pegando,
ir o teu lenço pelo espaço voando,
pando, enfunado, côncavo de beijos !...    


Fonte: Internet/ Clube da Poesia



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