quinta-feira, 21 de novembro de 2013

‘Colapso de Eike Batista é ensaio do que virá com a manutenção das Parcerias Público-Privadas’. Entrevista com Marcos Pedlowski

Terça, 19 de novembro de 2013

"Se analisarmos o que aconteceu não apenas com Eike Batista, mas com outros "campeões nacionais” escolhidos pelo governo Lula para mostrarem internacionalmente uma versão de capitalismo moderno à brasileira, veremos que os resultados foram pífios e causaram graves prejuízos ao tesouro nacional”, constata o geógrafo.


O anunciado fracasso das empresas do empresário Eike Batista é um "somatório de coisas que acabaram criando uma sinergia negativa para o Grupo EBX”, diz Marcos Pedlowski à IHU On-Line.

Na avaliação do pesquisador, que acompanha de perto os empreendimentos no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, "os impactos reais ainda estão para ser mensurados, visto a velocidade da crise que consumiu a fortuna de Eike Batista. Mas, se olharmos de perto todos os projetos nos quais ele se envolveu nos últimos cinco anos, não há nenhum que tenha chegado à fase operacional, o que indica que todos foram negativamente afetados. Dois exemplos disso são os portos Sudeste e do Açu, os quais ainda não estão em operação e continuam tendo seus prazos de conclusão estendidos, mesmo após a sua venda para corporações multinacionais”.

Segundo Pedlowski, o governo brasileiro também é responsável pelos impactos negativos gerados pela derrocada do empresário, ao ter dado "carta branca a Eike Batista, o que o revestiu de certa aura de infalibilidade”.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Pedlowski informa que, apesar de os empreendimentos em São João da Barra, RJ, possivelmente não saírem do papel, a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro - CODIN ainda quer desapropriar mais terras de famílias que moram na região. "O mais grave disso tudo é que toda essa terra vai passar para o controle de uma corporação estadunidense, o que implicará a criação de um enclave estrangeiro numa área onde até 2009 viviam pescadores artesanais e agricultores familiares”, denuncia. E dispara: "Só esse fato nos obriga a cobrar a anulação dos decretos de desapropriação, visto que não há qualquer interesse público que justifique este tipo de coisa”.

Marcos Pedlowski é graduado e mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e doutor em Planejamento pela Virginia Polytechnic Institute and State Unversity. Leciona no Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico do Centro de Ciências do Homem da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
  
Confira a entrevista na íntegra em: http://www.adital.com.br/?n=cn76



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