terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sepe contesta presença de avaliadores do BIRD nas salas de aula das escolas estaduais


No início de novembro, a SEEDUC anunciou a criação de um programa que inclui a visita de coordenadores pedagógicos da Secretaria treinados pelo Banco Mundial (BIRD) para  “medir a eficiência dos professores em sala de aula”. A iniciativa faz parte de um programa conjunto do governo do estado com o BIRD, no qual técnicos educacionais foram treinados pelo banco para alavancar um projeto-piloto que pretende avaliar os professores. Tal programa foi prontamente rejeitado pelo Sepe e pela categoria. O anúncio foi feito em maté-
ria publicada pelo jornal O Globo, explicando que o projeto já foi realizado em mil escolas de Minas Gerais, Pernambuco e do município do Rio.

A desculpa do secretário de estado de Educação Wilson Risolia é a de que o “trabalho permite a confecção de um mapa sobre onde atuam os melhores mestres do estado” e o objetivo seria identificar características  no trabalho deles que seriam multiplicadas através de cursos de capacitação continuada. Num segundo momento, o secretário admite que os resultados deverão levar à concessão de uma bonificação permanente.

Mais uma vez, o secretário Risolia, que é economista e não educador, dá provas da sua prática tecnicista e não educacional, querendo medir eficiência dos profissionais de educação por meio de gráficos, tabelas e mostras de desempenho. Tudo isto, sem levar em conta as desigualdades da rede, a falta de investimentos do governo do estado no setor e os salários miseráveis que são pagos aos profissionais, que já trabalham no limite, massacrados para cumprir as metas impostas pelo governo estadual. A parceria com o BIRD - amanhã, quem sabe não será com o FMI? - foi anunciada num simpósio de economia que foi realizado em outubro no Rio de Janeiro.

Por entender que tal projeto fere a nossa autonomia em sala de aula, a direção do Sepe orienta os professores das unidades selecionadas para que procedam da seguinte maneira:
- em primeiro lugar, nós, os professores, somos os “Regentes de Turma”. Ou seja, os profissionais são as autoridades máximas em sala de aula;
- também não existe qualquer documento oficial que tenha instituído a obrigatoriedade da presença desses
“supervisores” nas salas de aula;
- nesse sentido, nenhum professor poderá ser obrigado a aceitar qualquer interferência desses avaliadores no seu ambiente de trabalho;
- o Jurídico do Sepe está dando tratamento e acompanhamento a essa questão para que possamos barrar mais este ataque à educação pública estadual.




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