Segundo um
recente estudo, mais de 11 milhões de usuários do Facebook - nos EUA e no Reino
Unido cometeram "suicídio identitário virtual" nesse ano, eliminando
seus perfis no Facebook.
Tradução: ADITAL
18 setembro 2013
De acordo com o diário britânico 'Daily Mail',
cientistas da Universidade de Viena realizaram uma investigação na qual
participaram mais de 600 pessoas e que concluiu que os usuários do Facebook
estão abandonando em massa a rede social devido à sua preocupação pela falta de
privacidade e pelo grau de insatisfação, entre outros motivos.
A investigação mostrou que o Facebook, no início
desse ano, estava perdendo nove milhões de usuários por mês nos Estados Unidos
e dois milhões na Grã Bretanha.
A pressão social para agregar amigos, o medo à
adição a essa rede e a perda de interesse também estavam entre as razões
encontradas para cometer o que os investigadores denominaram "suicídio
identitário virtual”.
Brenda Uiderhold, editora da revista ‘Cyberpsychology’,
acredita que as filtrações de WikiLeaks e a divulgação, por parte de Edward
Snowden de informação sobre a espionagem que a Agência de Segurança Nacional
dos EUA realizava aos cidadãos estadunidenses influíram na decisão de abandonar
massivamente essa rede social.
Razões para
deixar Facebook
O psicólogo Stefan Stieger, da Universidade de
Viena, registrou cada uma das respostas dos 600 participantes às medidas de
avaliação em função de seu nível de preocupação por várias questões.
A preocupação pela falta de privacidade foi a razão
principal apresentada por 48.3% das pessoas estudadas. 13% delas alegaram, como
primeiro motivo de abandono da rede a insatisfação geral com a mesma; enquanto
que 12.6% destacaram a superficialidade das conversas ou o medo em converter-se
em adictos a essa rede, citado por 6% dos participantes.
A investigação revelou também que os usuários que a
abandonaram era predominantemente homens e de idade superior à média dos que
permanecem nela.
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Quatro técnicas
empregadas pelo Facebook para manter seus usuários aprisionados
18 setembro 2013
Cada vez aumenta mais os que desejam fechar
definitivamente sua conta no Facebook. No entanto, não é tão simples. Conheça
as engenhosas técnicas empregadas pela popular rede social para manter-nos
‘aprisionados’.
As entradas publicitárias do Facebook, em boa
parte, dependem do número de usuários que podem ver os anúncios. Quanto menos
gente esteja vinculado, menor será seu benefício e a empresa não está disposta
a perder a batalha, indica a página web Fast Factory.
O portal enumera quatro dos truques que a rede
social emprega, citados pelo escritor e especialista em dinâmica de trabalho,
Daniel Pink.
1. Fechar a
conta deve ser sumamente complicado
A opção de fechar sua conta do Facebook está
‘enterrada’ no centro de ajuda e muitos conseguem encontrá-la graças a uma
busca no Google. Uma vez encontrada, não é suficiente fazer um ‘clique’ um par
de vezes. Caso decida encerrá-la, deve detalhar porque motivos. E, no trajeto,
a rede social pode acabar convencendo ao usuário que ele, na verdade, não
deseja encerrar a conta.
2. Evitar a
eliminação total
Abandonar uma página web deveria ser mais fácil do
que acabar uma relação na vida real. No entanto, com o Facebook isso se converte
em um desafio. A rede social oferece a opção de "dar um tempo”, em vez de
"deixá-la para sempre”, explica o artigo de Fast Factory.
"Recorde que não poderá reativar sua conta,
nem recuperar nada que tenha publicado”, indica a rede social aos que planejam
encerrar seu perfil; porém, existe a possibilidade de desativar a conta.
"Se desativa sua conta, Facebook guarda a
informação de sua biografia, pois pode ser que você decida voltar”. É uma opção
bastante atrativa para muitos, especialmente se alguém decide reativá-la,
simplesmente deve iniciar sua sessão como fazia antes.
3. Levar o
assunto para o terreno pessoal
As histórias pessoais são difíceis de apagar,
explica Pink. Justo no momento em que ele decide desativar sua conta, Facebook
mostra ao usuário cinco fotos de perfil de seus amigos sobre as quais aparecem
seus nomes e as palavras "sentirão tua falta”. "Colocar ‘as pessoas
ficarão decepcionadas’ não é tão persuasivo como ‘Alex sentirá tua falta’, na
qual praticamente se pode evocar a imagem da cara de Alex triste”, agrega o
escritor. Trata-se de apelar para as emoções em vez da razão; algo que costuma
dar bons resultados em termos de persuasão.
4. Precisar
qual é o verdadeiro problema
Outro dos truques nomeados por Pink é "tentar
entrar na cabeça do usuário e entender qual é o problema”.
Uma vez que o Facebook identifica que a pessoa
deseja fechar sua conta, lhe oferece uma série de soluções. Por exemplo,
informa que sua conta foi "hackeada”; a rede social ensina como torná-la
mais segura com o fim de convencer a pessoa a não encerrar a conta. Se está
cansado de receber mensagens, lhe mostra como desativá-las.
"É um negócio inteligente”, aponta o
especialista. No entanto, ressalta, é um tanto coercitivo que Facebook peça aos
usuários que expliquem as razões pelas quais desejam encerrar sua conta.
"É raro ver isso em outros negócios. Imagine que quer deixar de lavar
roupa na lavanderia de sempre e que lhe digam: "De acordo. Porém, deve
dizer-nos porque ou não lhe devolveremos suas roupas”.
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Como o
Twitter passou a ser chave para a democracia e na opinião pública
17 setembro 2013
Desde que o Twitter anunciou, há uns dias, sua
entrada na Bolsa de valores, as especulações sobre o valor da empresa não
acabam. No entanto, alguns especialistas ressaltam o papel da rede de
‘microblogging’ na esfera política.
No início de 2014, o Twitter poderia formalizar a
oferta aos potenciais investidores. Para muitos, a pergunta inevitável é quanto
custa, realmente, uma empresa com 200 milhões de usuários ativos mensalmente.
No entanto, um artigo publicado no diário ‘The
Guardian’ assinala que à parte do valor econômico da rede social, existem
aspectos que a tornam única. De fato, ressalta o impacto do Twitter como
importante plataforma social em matéria política.
O surpreendente acerca do Twitter é que sete anos
depois de sua fundação como espaço para partilhar mensagens entre um grupo de
amigos, converteu-se no serviço de notícias ‘de fato’ para o planeta, afirma a
publicação.
Diferente das agências de notícias, essa rede
social está disponível para todo o mundo, pelo que, inclusive os governos a
utilizam ocasionalmente para difundir notícias, antes, inclusive, de enviá-las
aos meios de comunicação.
O Twitter tem também a capacidade de converter as
pessoas comuns e correntes em emissores, um desenvolvimento cujas implicações
apenas estamos começando a digerir, aponta o diário britânico. Além disso, as
novas tecnologias como o Twitter oferecem um seguimento em tempo real da opinião
pública: a rede de ‘microblogging’ foi uma plataforma chave durante as
manifestações do 15-M, na Espanha, dos movimentos da primavera árabe e da
recente onda de protestos na Turquia.
Durante séculos, "a liberdade de imprensa foi
concebida como um sistema unidirecional”, afirma o jornalista Mariano Grondona,
em La Nación.
"Diversos emissores competiam para atrair a
atenção do receptor. Porém, agora, em parte graças ao Twitter, o receptor pode
converter-se em emissor”, explica.
Agrega que se supõe que aqueles que, até pouco
tempo, gozaram de uma posição dominante no mundo das comunicações, por exemplo,
os jornalistas, poderiam sentir-se prejudicados no novo mundo das comunicações
circulares.
No entanto, "essa sensação de perda de
influência é, talvez, uma falsa miragem”, diz, "já que se, por um lado, a
multiplicação das comunicações nos beneficia, por outro lado, que haja,
incomparavelmente, mais emissões e mais recepções do que antes abre horizontes
insuspeitos à criatividade”, assegura o jornalista.
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