Por Gaudêncio Frigotto
Texto apresentado pelo autor na
Aula Inaugural da rede municipal de ensino de Rio das Ostras, em 6 de fevereiro
de 2013
Como
profissionais do campo educativo somos testemunhos ou estudamos ao longo de
nossa formação as frequentes reformas de ensino em nosso país. Estas reformas
buscam dar respostas a problemas ou supostos problemas no campo educativo e se
materializam em concepções educacionais, mudanças na organização curricular no
conteúdo, na forma de organização e nos métodos pedagógicos. Cada reforma tem
implicações diretas sobre a vida escolar, o trabalho docente e, sobretudo, no
tipo de formação humana – colonizadora e alienadora ou emancipadora.
Esse pequeno texto não pretende discutir as
reformas educativas que se deram ao longo de nossa história e as mudanças que
engendraram. O que nos interessa é entender o tempo presente que nos afeta e
quais as concepções de educação que foram dominantes nas duas últimas reformas
educativas que tem como base a noção de capital humano. Todavia, o presente tem
elos com o passado, imediato ou mediato. Desta forma irei inicialmente
sinalizar o contexto no qual surge o que se denominou “teoria do capital
humano” e que influenciou a perspectiva da educação básica à pós-graduação no
período da ditadura civil-militar que durou por duas décadas. Em seguida
discutir porque esta pseudo-teoria, num outro contexto histórico, amplia as
mistificações com as noções de sociedade do conhecimento, qualidade total,
pedagogia das competências e empregabilidade e empreendedorismo no contexto do que
a literatura denomina de capitalismo tardio(1). Por fim assinalar as
consequências desta ampliação na educação, no chão da escola pública e no
trabalho e organização docente(2).
Leia a
íntegra do texto em:
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