Por: Paulo Metri
Engenheiro mecânico.
Diretor do Clube de Engenharia
O presente artigo trata da 11ª rodada de leilões de blocos para
exploração e produção de petróleo, que o governo brasileiro está determinado a
realizar em 14 e 15 de maio próximo. Para atrair investidores estrangeiros para
esta rodada, atração esta desnecessária, a diretora-geral da Agência Nacional
do Petróleo (ANP) declarou, no seminário técnico e ambiental promovido por esta
Agência no dia 18 de março, que poderão ser encontrados, só na margem
equatorial brasileira, até 30 bilhões de barris de petróleo in situ.
Este fato é gravíssimo por representar a capitulação final
do atual governo brasileiro às multinacionais do petróleo. Com relação às
rodadas de leilões, o governo do PT se iguala ao governo do PSDB. A única voz
audível neste silêncio sepulcral promovido pela mídia entreguista foi a do
senador Roberto Requião, que usou um dos poucos espaços democráticos restantes no
nosso país, a TV Senado, e proferiu memorável discurso no dia 27 de março
passado (http://www.viomundo.com.br/politica/requiao-a-pauta-das-oposicoes-midiaticas.html).
O conluio da mídia muda, comprometida com os grupos estrangeiros interessados
em levar nosso petróleo em troca de irrelevante royalty e com políticos
corruptos, abate a esperança dos brasileiros conscientes.
Algum leitor não acostumado ao tema do petróleo pode
perguntar o porquê destes leilões serem prejudiciais aos brasileiros. Em
respeito a ele, vou dar uma resposta. A 11ª rodada só conterá blocos fora da
área do Pré-sal, sendo regida, portanto, pela lei 9.478. Se fossem blocos da
área do Pré-sal, seria regida por outra lei. Pela lei 9.478, quem descobre
petróleo é dono dele e faz dele o que bem quiser. Nenhuma empresa estrangeira
demonstra interesse em construir refinarias no país, quer seja para abastecer o
mercado interno ou exportar derivados, como também não tem intenção de vender o
petróleo a ser produzido à Petrobras. Então, o objetivo delas é unicamente
exportar o petróleo in natura. [...]
Tinha esperança que a insustentabilidade dos leilões pela lei
9.478 fosse reconhecida, vez que cria um passivo de petróleo a ser pago por
gerações futuras, transformando o petróleo de um passaporte para um futuro
melhor em uma dívida a ser paga por nós, nossos filhos e netos. Usurpamos,
assim, a esperança, nossa e dos nossos descendentes, para que prepostos das
multinacionais, apaniguados do poder e corruptos tenham uma vida boa.
Como a vida, enquanto não se esvai, é luta, sugiro aos
homens e mulheres de bem que se revoltem, comentem estes fatos com amigos,
colegas de trabalho ou de sala de aula, parentes e vizinhos. Que procurem se
informar mais, mas não através dos canais comprometidos com o assalto à
sociedade, participem de movimentos sociais, visitem o sítio da Agência
Petroleira de Notícias (www.apn.org.br) e,
principalmente, busquem barrar a 11ª rodada de leilões da ANP.
Texto na íntegra:
Diretoria do Sepe Núcleo de Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
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