quinta-feira, 30 de abril de 2015

Massacre de ontem (dia 29/4) em Curitiba: Todo repúdio à selvageria do governo paranaense contra os servidores estaduais



Mais uma vez, a sociedade brasileira e a categoria dos profissionais de educação assistiram revoltadas a selvageria e a falta de respeito com que os governos costumam tratar os educadores. Desta vez,profissionais da rede estadual do Paraná e servidores públicos estaduais sofreram um ataque das forças policiais daquele estado,que deixou, pelo menos, 200 pessoas feridas, oito delas em estado grave, segundo a imprensa. Outros seis servidores foram presos.Uma prova de como governos sem compromisso com a democracia e sem respeito aos educadores tratam aqueles que ousam sair às ruas para lutar pelos seus legítimos direitos.

Ontem (dia 29 de abril), milhares de profissionais de educação e servidores estaduais do Paraná estavam realizando protesto pacífico para defender os seus direitos na frente da Assembleia Legislativa, em Curitiba. Eles estavam lutando contra a a implementação de um projeto de lei do governador Beto Richa (PSDB) – que acabou aprovado no início da noite – que cria um fundo previdenciário e pode colocar em risco a aposentadoria de milhares de funcionários públicos do Paraná. Por causa desta proposta, os profissionais da educação estadual haviam entrado em greve e montado um acampamento na frente da sede do Legislativo para tentar impedir a votação.

A Assembleia Legislativa foi cercada por tropas de choque da polícia militar paranaense com objetivo de impedir a entrada dos servidores que queriam acompanhar a votação do projeto do governador. Em meio ao tumulto, a polícia atacou os manifestantes, com bombas de efeito moral, balas de borracha, jatos de água e cassetetes, fazendo uso de violência indiscriminada contra os manifestantes, chegando a atingir as crianças de uma creche que funciona próximo ao local. 

Todo repúdio à violência e à criminalização dos movimentos sociais

Os profissionais de educação do Rio de Janeiro expressam o seu repúdio contra mais este episódio de violência contra os educadores e servidores paranaense. A categoria ainda tem fresca na memória as violências cometidas pela polícia militar do Rio de Janeiro no dia da votação do Plano de Carreira da Educação Municipal, em 2013, quando as forças de segurança a mando do governador Sérgio Cabral (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB) instituíram um verdadeiro estado de sítio no centro da cidade para impedir que a categoria protestasse contra a votação do plano. 

Neste dia, a violência policial feriu inúmeros manifestantes, além de promover prisões indiscriminadas e agressões contra os profissionais que apenas exerciam o seu legítimo direito de se manifestar. Pior do que isto, deixou claro todo o autoritarismo que tem marcado os últimos governos em nosso estado, que não respeitam a democracia e fazem uso indiscriminado de práticas que remetem ao período da ditadura militar, reprimindo e prendendo manifestantes e atacando os sindicatos e entidades representativas do movimento civil, judicializando questões trabalhistas ao invés de cumprir seu dever constitucional de dialogar com os trabalhadores em luta.

Por entendermos que esta não é a forma dos governos tratarem a educação e os movimentos sociais, nós profissionais das redes públicas do Estado do Rio de Janeiro, manifestamos todo o apoio à luta dos profissionais e demais servidores do Paraná e exigimos uma rigorosa apuração quanto às responsabilidades pelo verdadeiro massacre perpetrado pelas forças de segurança daquele estado contra os manifestantes, que exerciam o seu legítimo e democrático direito de lutar contra ações governamentais que ameaçam seus direitos conquistados com muita luta e sacrifício.




Diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
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