"Superstição"
Raul de Leoni
As almas, como as flores, no lugar
Em que viveram deixam, longamente,
Sua íntima essência errando no ar,
Numa vaga fluidez reminiscente...
Vede essas velhas casas que, a passar
Pelos olhos do tempo indiferente,
Foram o sereníssimo ambiente
De uma longa história familiar!...
Há no seu gênio obscuro, misteriosas
Influências humanas, insensíveis
Contágios de alma que não percebemos,
Frias fatalidades traiçoeiras
Adormecidas no silêncio antigo...
Exalam do segredo das entranhas
Forças sutis e sugestões estranhas
Que nos descem ao fundo dos sentidos
E se vão infiltrando, lentamente,
Na alma dos visitantes distraídos...
Ao lhes transpormos as sombrias portas,
Nunca sabemos o que nos espera
Nesses tristes jardins de sombras mortas
— Fantasmas de uma antiga primavera...
Dentro tudo morreu... mas, presa a um fio
Intangível,
Uma vida fantástica, invisível
Vive em essência no ar sonâmbulo e vazio...
As almas, como as flores, no lugar
Em que viveram deixam, longamente,
A sua exalação errando no ar,
Numa vaga fluidez reminiscente...
Raul de Leoni
As almas, como as flores, no lugar
Em que viveram deixam, longamente,
Sua íntima essência errando no ar,
Numa vaga fluidez reminiscente...
Vede essas velhas casas que, a passar
Pelos olhos do tempo indiferente,
Foram o sereníssimo ambiente
De uma longa história familiar!...
Há no seu gênio obscuro, misteriosas
Influências humanas, insensíveis
Contágios de alma que não percebemos,
Frias fatalidades traiçoeiras
Adormecidas no silêncio antigo...
Exalam do segredo das entranhas
Forças sutis e sugestões estranhas
Que nos descem ao fundo dos sentidos
E se vão infiltrando, lentamente,
Na alma dos visitantes distraídos...
Ao lhes transpormos as sombrias portas,
Nunca sabemos o que nos espera
Nesses tristes jardins de sombras mortas
— Fantasmas de uma antiga primavera...
Dentro tudo morreu... mas, presa a um fio
Intangível,
Uma vida fantástica, invisível
Vive em essência no ar sonâmbulo e vazio...
As almas, como as flores, no lugar
Em que viveram deixam, longamente,
A sua exalação errando no ar,
Numa vaga fluidez reminiscente...
Fonte:
Leoni, Raul. Luz Mediterrânea. 9ª ed. São Paulo: Livraria
Martins,1959, pp.92/93
Diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
Sepe - Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
End.: Alameda Casimiro de Abreu, 292 – 3º and. Sl. 8 – Nova Esperança – Rio das Ostras
Tel.: (22) 2764-7730
Horário de Funcionamento: Segunda, Quarta e Sexta das 09h às 13h; Terça e Quinta das 13h às 17h.
E-mail: sepe.riodasostrasecasimiro@gmail.com
Twitter: @sepeostras
Tel.: (22) 2764-7730
Horário de Funcionamento: Segunda, Quarta e Sexta das 09h às 13h; Terça e Quinta das 13h às 17h.
E-mail: sepe.riodasostrasecasimiro@gmail.com
Twitter: @sepeostras
Facebook: Perfil Sepe Rio das Ostras
Nenhum comentário:
Postar um comentário