O Memorial
Virtual Frei Tito é um espaço dedicado a um dos maiores símbolos da luta
pelos direitos humanos e pela democracia na América Latina e Caribe.
Cearense, filho, irmão, frade, ativista, preso
político, torturado, exilado, mártir... Conhecer a história de Frei Tito é
fundamental para entender as lutas políticas e sociais travadas nos últimos 40
anos contra a tirania de regimes ditatoriais.
Neste hotsite colocamos à disposição documentos, fotos, testemunhos,textos e
outras informações sobre a vida de Tito de Alencar Lima, frade dominicano que
colaborou com a luta armada durante a ditadura militar no Brasil.
Este memorial é uma iniciativa da ADITAL (Agência de Informação Frei Tito para a
América Latina) que desde 2001 divulga pela internet a agenda social da América
Latina e do Caribe. Ao escolher Frei Tito para nomear nossa Agência, quisemos
homenagear também todos aqueles que defenderam a liberdade, a dignidade humana
e a vida — ainda que fosse necessário sacrificar suas próprias vidas para
alcançar esse fim. Agora, com este hotsite, queremos mostrar que as lutas de
frei Tito estão tão vivas quanto na época em que viveu. E ser indiferente é uma
opção não mais possível.
Agradecemos a família de Frei Tito, os frades
dominicanos, os pesquisadores e todos aqueles que colaboraram para que este
memorial se tornasse realidade.
Dados
biográficos
Nasceu em
Fortaleza (CE), dia 14 de setembro de 1945. Filho de Ildefonso Rodrigues
Lima e Laura Alencar Lima. Estudou no Colégio Estadual do Ceará (Liceu do
Ceará). Participou da Juventude Estudantil Católica (JEC), ala jovem da Ação
Católica. Em 1963, eleito dirigente regional da JEC (Maranhão a Bahia), com
sede em Recife (PE). Em 1964, participou das primeiras reuniões e das
manifestações estudantis contra a ditadura militar. No início de 1966,
ingressou no noviciado dos dominicanos, em Belo Horizonte (MG). Em 10 de
fevereiro de 1967, fez a profissão simples dos votos e foi residir no Convento
das Perdizes para estudar Filosofia na Universidade de São Paulo (USP).
1968/1974
Em 1968,
foi preso durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna
(SP), com todos os congressistas. Em novembro de 1969, foi preso novamente, com
Frei Betto e outros religiosos. Torturado ininterruptamente durante três dias
pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, chefe do Departamento de Ordem Política e
Social (DOPS).
Em dezembro de 1970,
incluído entre os prisioneiros políticos trocados pelo embaixador suíço,
Giovani Enrico Bücker, sequestrado pelo comando da Vanguarda Popular
Revolucionária (VPR). Em 1971, foi para Roma, Itália, e, em seguida, para
Paris, França, onde foi acolhido no convento Saint Jacques.
Em 10 de Agosto de 1974, foi encontrado morto em área do Convento de Lyon. Somente em
março de 1983, com a abertura política, seus restos mortais retornaram ao
Brasil. Acolhidos em solene liturgia na Catedral da Sé, em São Paulo,
encontram-se hoje enterrados no cemitério São João Batista, em Fortaleza.
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Diretoria do
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