"A maior ameaça aos direitos sociais dos trabalhadores
brasileiros não é a direita reacionária, mas sim a tibieza de parte da esquerda
reformista hegemônica incapaz de aprofundar, sem aventuras, mas com ousadia, as
reformas sociais no país", assevera o sociólogo.
A década de 2000 foi de reorganização do capitalismo brasileiro com as grandes empresas aumentando
investimentos produtivos, reordenando suas estratégias de negócios na
perspectiva da concorrência internacional acirrada.
A opinião é de Giovanni Alves, professor da Unesp, em
entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line.
Para ele, hoje temos "a formação da consciência de
classe e, portanto, a formação da classe social capaz de promover mudanças
históricas profundas no Brasil”.
"Na época de crise estrutural do capital, - continua o
sociólogo - a renúncia do sindicalismo à formação da consciência de classe é
deveras muito perversa, pois o que a história está cada vez mais mostrando é
que não existe futuro com o capitalismo”.
Segundo ele, "a ‘captura’ da subjetividade do trabalho vivo
adquiriu dimensões amplas e intensivas. A lógica da gestão toyotizada invadiu não apenas o chão de fábrica,
mas os escritórios e repartições públicas e até a vida cotidiana (no plano
léxico-locucional, por exemplo, trabalhador assalariado tornou-se mero
‘colaborador’, linguagem apropriada também por lideranças sindicais). Enfim, a
reestruturação produtiva assumiu novas dimensões no plano do controle laboral”.
Giovanni Alves (foto abaixo) é professor da Faculdade de
Filosofia e Ciências do Departamento de Sociologia e Antropologia da
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho– Unesp, no campus de
Marília. Livre-docente em teoria sociológica, é mestre em Sociologia e doutor
em Ciências Sociais pela Unicamp. Atualmente, desenvolve o projeto de pesquisa
"A derrelição de Ícaro – Sonhos, expectativas e aspirações de jovens
empregados do novo (e precário) mundo do trabalho no Brasil (2003-2013)”. É
autor de, entre outros, Dimensões
da precarização do trabalho – Ensaios de sociologia do trabalho(Bauru:
Projeto editorial praxis, 2013).
Leia a entrevista na íntegra: http://www.adital.com.br/?n=ckgl
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