Túnis – As atividades do 13º Fórum Social Mundial
começam hoje (27) na capital da Tunísia. Nesta edição, são esperados 70 mil
participantes, integrantes de movimentos sociais, sindicatos e associações de
todo o mundo. Os debates vão até o dia 30 de março, quando será elaborada a
carta de encerramento.
O fórum foi oficialmente aberto nessa terça-feira
(26) com uma marcha no centro de Túnis. Nos próximos dias de evento, a
organização estima 1.500 atividades, desde palestras a mesas-redondas. Para a
manhã de hoje, estão previstas uma mensagem da organização do evento e dois
debates sobre tecnologia, educação e ciência.
Entre as personalidades que devem participar do
fórum estão o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da
República, e o cofundador do fórum, Francisco Whitaker.
O Fórum Social Mundial surgiu em Porto Alegre em
2000, com a intenção de ser um contraponto às discussões do Fórum Econômico
Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça.
Depois de três edições na capital gaúcha, o evento passou
pela Índia, Venezuela, pelo Quênia, Mali, Paquistão, Senegal e por Belém, no
Pará. Em Túnis, a grande expectativa é que a Primavera Árabe seja um dos focos.
A Tunísia foi o primeiro país a iniciar movimentos populares para a derrubada
de regimes ditatoriais na região. Esses movimentos se espalharam para o Egito e
a Síria e completam dois anos em 2013.
O fórum foi dividido em 11 eixos temáticos. Além
dos movimentos populares no Oriente Médio, estão temas como a dignidade humana,
o capitalismo, a soberania dos povos e o futuro dos movimentos sociais. A maior
parte das atividades é organizada pelos próprios participantes. Com isso, o
fórum não tem um cronograma rígido.
Conferencista convidado, Luciano Santos, do
Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, acredita que uma das maiores
virtudes do fórum é a fórmula livre. “Sempre se discutem vários temas no fórum.
E levar o fórum para outros países faz com que se traga novos temas para a
discussão.” Na sexta-feira (29), Santos vai apresentar o projeto popular que
levou à criação da Lei da Ficha Limpa, que mudou a legislação eleitoral
brasileira. O movimento quer estimular a formação de uma rede de países com
leis semelhantes à implantada no Brasil.
Além do fórum, os movimentos sociais aproveitam a
mobilização para promover atividades paralelas, como o Fórum Mundial de
Ciências e Democracia, o Fórum Mundial de Mídias Livres e o Fórum dos
Economistas.
Fonte:
Diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
Sepe - Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu
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