quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

“Ceia da Miséria”: Sepe realiza ato público para denunciar condições da rede estadual e de seus profissionais



No dia 5 de dezembro, quarta-feira, à tarde, o Sepe realizou ato público para denunciar as péssimas condições da rede estadual de educação e de seus profissionais, em frente à SEPLAG, no Centro do Rio de Janeiro. O Núcleo do Sepe Rio das Ostras e Casimiro de Abreu esteve presente junto a outras representações de Núcleos e Regionais.

Nesta edição de 2012 da “Ceia da Miséria”, a categoria, mais uma vez, tem muito pouco a comemorar ao fim de mais um ano de muito trabalho e  lutas. A dupla Cabral/Risolia representa a culminância dos ataques à escola pública no estado do Rio de Janeiro.



Vejamos parte do “legado” desses senhores:

1) Fechamento de dezenas de escolas e “otimização” de turmas obrigando os professores a terem mais de uma escola para cumprir sua carga horária semanal de trabalho;

2) O “Projeto Autonomia” tem como objetivo acelerar as aprovações e, com isso, mascarar conhecimento e índices, enxugando gastos e explorando mais os professores;

3) Manutenção da matriz curricular reduzida com 25 tempos semanais para o fundamental e 27 tempos para o ensino médio, além de retirar tempos de Filosofia e Sociologia, empobrecendo mais o ensino;



4) O governo estadual quer ainda acabar com os triênios quando enviou para o STF uma Ação de Inconstitucionalidade (ADIN 4782) questionando a concessão deste benefício estabelecido na Constituição Estadual;

5) Os funcionários administrativos são também discriminados quando o governo não cumpre a implantação do Plano de Carreira conquistado na greve, além de não pagar a gratificação de difícil acesso;

6) Os animadores culturais estão ameaçados de demissão a partir de ação impetrada pelo Ministério Público Estadual pedindo extinção do cargo na Justiça;



7) “Fiscais” de Risolia agora estão chegando às escolas, a mando do Banco Mundial (BIRD), para supervisionar e avaliar professores em salas de aula para medir sua “eficiência”;

8) “Certificação”é o mais novo ataque da SEEDUC que, ao invés de valorizar o conjunto da categoria, com salários dignos e justos, ao contrário, a divide com bonificações com base na ideologia da “meritocracia” – ganha mais, quem obedece e produz mais – como numa empresa ou fábrica qualquer;



9) O “Plano de Metas” é a “pedra angular” do conjunto de ataques desferidos, até então pelo governo estadual, cumprindo à lógica neoliberal do Banco Mundial que visa comprometer o ensino público de  qualidade, aprofundando a mercantilização da educação;

10) Em 2013, o arrocho salarial vai continuar, uma vez que a Lei Orçamentária Estadual para esse ano enviada pelo governo para aprovação na Alerj não prevê verbas para reajuste salarial, somente para os setores de segurança pública.



Assim, como dito acima, nesta “virada” de ano, os profissionais de educação tem muito pouco a comemorar. Restando responder à altura aos senhores Cabral e Risolia em suas investidas para implantar o Plano de Metas e a Meritocracia – com mais mobilização e muita luta!

Fonte: Boletim Informativo do Sepe/RJ, de 26/11/2012

Diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu

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