quinta-feira, 29 de março de 2018

Assembleia geral da rede municipal de Casimiro de Abreu


A prefeitura de CASIMIRO DE ABREU que vem adotando projeto de privatização da educação municipal através da extinção de cargos e posterior contração através de contratos precarizados (aplicação da reforma trabalhista), que retira direitos e submete trabalhadores a seus desmandos. 
Recentemente atacou o plano de saúde dos servidores da ativa e aposentados, concedendo 20% de reajuste até do plano aos servidores da ativa , retirando o benefício dos aposentados e aplicando a tabela de preços, de mercado, para os dependentes.
Como se não bastasse a atual gestão vem descumprindo o PME, pois o mesmo propunha a implantação da DATA BASE em 2017.
O MEC indicou a reposição salarial de 6,81% e até o momento nada foi dito sobre o assunto pelos governantes de Casimiro.
Muitas tem sido as reclamações dos profissionais de educação a respeito de suas vantagens (triênios, mudanças de níveis, férias, valor da hora suplência, etc...).
Este ataque vem sendo organizado pelo empresariado que tem entendido a educação como um importante instrumento de realização dos seus interesses. A consequência deste processo tem sido a privatização ostensiva da educação, aumento do controle sobre o trabalho docente e a precarização da escola pública.

Na educação básica a agenda do movimento empresarial Todos Pela Educação tornou-se dominante. O PDE “Todos pela Educação” (2006) foi o maior exemplo disto, tendo assumido em sua apresentação a palavra de ordem do movimento organizado pelo empresariado.

No estado do Rio de Janeiro os contornos são radicais. No ensino médio a SEEDUC produziu duas estratégias: fechar escolas ou privatizá-las. Neste sentido, a pesquisa do professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Nicolas Davies identificou que meio milhão de matrículas simplesmente desapareceram do banco de dados da secretaria. A política para o restante da rede produziu ao mesmo tempo a privatização das escolas e um processo de proletarização do trabalho docente. 

O caso da rede municipal do Rio de Janeiro é o maior exemplo. A SME se tornou um balcão de negócios onde empresas e ONGs disputam a venda de seus projetos. O exemplo da prefeitura do Rio e do governo do estado vem sendo seguido nas demais redes municipais. Na baixada a Bayer vem sendo responsável pela educação ambiental das redes municipais de Duque de Caxias, Belford Roxo e São João de Meriti. Em Itaboraí, o COMPERJ já avança em seu projeto de educar em seu favor as crianças, lançando mão de diversos projetos pedagógicos.

A proposta do SEPE Rio das Ostras/Casimiro de Abreu é de que o investimento da educação deve ser de, no mínimo, 10% do PIB, destinado às escolas públicas e não que empresas financiem a educação.

O Plano Nacional de Educação colabora com a privatização, permitindo que recursos públicos sejam direcionados para entidades privadas, proposta defendida pelo Todos Pela Educação. Além disso, o PNE ataca o docente, ao buscar retirar-lhe a autonomia pedagógica, através de apostilas, de avaliações externas, da seleção prévia de conteúdo (currículo mínimo), da polivalência docente e, muito importante, da meritocracia, onde a subserviência a este projeto é bonificada. 
A classe dominante brasileira entendeu que a escola pública, pode ir além de manter as pessoas na ignorância (projeto histórico da educação brasileira) pode, mais ainda, educar em favor do capital. É a nossa principal tarefa, nas lutas no âmbito da educação local, regional e nacionalmente barrar este ataque! Todo(a)s profissionais da educação da REDE MUNICIPAL DE CASIMIRO DE ABREU A ASSEMBLÉIA nos dias 4 e 5 de abril às assembleias de CASIMIRO DE ABREU E BARRA DE SÃO JOÃO.

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