Movimentos sociais e organizações que atuam em
educação pedem a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE). Eles defendem o
PNE como o "verdadeiro Pacto pela Educação Pública", proposto pela
presidenta Dilma Rousseff em resposta às manifestações que ocorrem em todo o
país. O PNE estabelece metas para serem cumpridas no setor até 2020, como a
destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para educação, e
que atualmente está em tramitação no Congresso Nacional.
A reivindicação está em carta aberta da Campanha
Nacional pelo Direito à Educação, rede composta por mais de 200 organizações em
todo o Brasil. "Achamos uma pena ela não ter falado do PNE. O plano é
autorizado pela Constituição Federal e é o verdadeiro pacto pela qualidade na
educação pública", diz o coordenador da campanha, Daniel Cara.
Entre as metas do PNE está: ter 100% das crianças e
jovens de 6 a 14 anos na escola, alfabetizar todas as crianças até no máximo os
8 anos de idade, oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas
públicas de educação básica e atender, na pré-escola, 100% das crianças de 4 e
5 anos e, nas creches, 50% das crianças até os 4 anos de idade. O movimento
pede a aprovação do PNE sem as alterações feitas no Senado Federal.
Além da aprovação do PNE, as organizações pedem a
destinação dos royalties do petróleo à educação. As entidades dizem, no
entanto, que o Projeto de Lei 5500/2013 - enviado ao Congresso Nacional pela
presidenta Dilma Rousseff e destacado por ela como uma forma de melhorar a
educação pública e garantir a meta dos 10% do PIB - é insuficiente para cumprir
a meta estipulada pelo PNE.
"Para cumprir com a correta meta de
investimento equivalente a 10% do PIB em educação pública, a área necessita de
toda a receita arrecadada com o petróleo oriunda de contratos exploratórios
atuais e futuros na área de concessão, além da totalidade do Fundo Social do
Pré-Sal. E outras fontes de recursos podem ainda ser necessárias", diz a
carta.
O texto acrescenta: "A presidenta Dilma
Rousseff está certa ao dizer que o Brasil precisa investir mais recursos em
políticas públicas educacionais. Mas isso não basta. Os recursos novos precisam
ser aplicados em um plano de Estado capaz de fazer com que a União, os 26
estados, o Distrito Federal e os 5.565 municípios caminhem para um mesmo
destino, unindo esforços rumo à universalização do direito à educação pública
de qualidade para todos e todas".
Fonte:
Diretoria do
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