sexta-feira, 28 de junho de 2013

Assembleia unificada (rede estadual e rede municipal do Rio de Janeiro) decide por participação na greve geral de 11 de julho

A assembleia unificada das redes estadual e municipal de educação do Rio de Janeiro acaba de decidir pela participação na greve geral de 11 de julho convocada pelas centrais sindicais.

A assembleia está sendo realizada da ACM, cujo auditório está lotado de professores e funcionários.

Hoje, as duas redes fazem uma paralisação conjunta de 24 horas, em apoio às manifestações nacionais. Daqui a pouco, a categoria se juntará à passeata que sairá da Candelária até a Cinelândia.

Também no dia 11 de julho ocorrerá uma assembleia unificada da categoria em local e horário a serem confirmados pela direção do Sepe.

Na assembleia hoje, foi realizado um minuto de silêncio contra a violência da PM à comunidade da favela Nova Holanda.



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Um terço dos municípios ainda não prestou contas sobre investimento em educação

Segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), 32,54% dos municípios brasileiros ainda não prestaram contas ao Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), sobre investimentos em educação pública. O prazo era até o dia 30 de abril. A Constituição Federal obriga os municípios brasileiros a investirem 25% de seus orçamentos na rede de ensino.

Os 1810 municípios faltantes – de um total de 5564 – ou que não cumpriram a determinação de vincular um quarto do orçamento em educação, serão inseridos no Cadastro Único de Convênio (Cauc) que impede tais prefeituras de firmar qualquer convênio com o governo federal.

As municipalidades que quiserem regulamentar sua condição com os dados referentes à gestão anterior podem fazê-lo a qualquer momento pelo Siope e serão subsequentemente retiradas do Cauc.


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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Movimentos sociais pedem aprovação do Plano Nacional de Educação

Movimentos sociais e organizações que atuam em educação pedem a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE). Eles defendem o PNE como o "verdadeiro Pacto pela Educação Pública", proposto pela presidenta Dilma Rousseff em resposta às manifestações que ocorrem em todo o país. O PNE estabelece metas para serem cumpridas no setor até 2020, como a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para educação, e que atualmente está em tramitação no Congresso Nacional.

A reivindicação está em carta aberta da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede composta por mais de 200 organizações em todo o Brasil. "Achamos uma pena ela não ter falado do PNE. O plano é autorizado pela Constituição Federal e é o verdadeiro pacto pela qualidade na educação pública", diz o coordenador da campanha, Daniel Cara.

Entre as metas do PNE está: ter 100% das crianças e jovens de 6 a 14 anos na escola, alfabetizar todas as crianças até no máximo os 8 anos de idade, oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica e atender, na pré-escola, 100% das crianças de 4 e 5 anos e, nas creches, 50% das crianças até os 4 anos de idade. O movimento pede a aprovação do PNE sem as alterações feitas no Senado Federal.

Além da aprovação do PNE, as organizações pedem a destinação dos royalties do petróleo à educação. As entidades dizem, no entanto, que o Projeto de Lei 5500/2013 - enviado ao Congresso Nacional pela presidenta Dilma Rousseff e destacado por ela como uma forma de melhorar a educação pública e garantir a meta dos 10% do PIB - é insuficiente para cumprir a meta estipulada pelo PNE.

"Para cumprir com a correta meta de investimento equivalente a 10% do PIB em educação pública, a área necessita de toda a receita arrecadada com o petróleo oriunda de contratos exploratórios atuais e futuros na área de concessão, além da totalidade do Fundo Social do Pré-Sal. E outras fontes de recursos podem ainda ser necessárias", diz a carta.

O texto acrescenta: "A presidenta Dilma Rousseff está certa ao dizer que o Brasil precisa investir mais recursos em políticas públicas educacionais. Mas isso não basta. Os recursos novos precisam ser aplicados em um plano de Estado capaz de fazer com que a União, os 26 estados, o Distrito Federal e os 5.565 municípios caminhem para um mesmo destino, unindo esforços rumo à universalização do direito à educação pública de qualidade para todos e todas".

Fonte:


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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Projeto Sepe vai à escola (16): E.M. Profª América Abdalla, E.M. Francisco de Assis Rangel e E.M. Maria da Penha de Oliveira, em Rio das Ostras


No curso deste mês, os representantes sindicais deram continuidade ao Projeto Sepe vai à escola, com visitas programadas, quando são distribuídos materiais do Sepe e são tiradas as dúvidas da categoria sobre questões funcionais e/ou educacionais.


Nestas ocasiões, a direção do Sindicato tem a oportunidade de se atualizar a respeito do cotidiano escolar e coletar informações sobre as condições de trabalho e saúde da categoria, podendo vir a se constituírem em  ponto de pauta de reivindicações.


Dentre as queixas principais – para além dos salários recebidos – estão o estresse e a fadiga diante de um trabalho extenuante, muitas vezes em salas superlotadas, sem materiais didáticos adequados e sem apoio de equipe pedagógica. O Sepe tem longa experiência no campo da Saúde do(a) Trabalhador(a), tendo realizado pesquisa pioneira em parceria com a Fiocruz. O Sepe Central possui ainda uma Secretaria de Saúde e Direitos Humanos, que pode fornecer informações aos interessados.


Só a luta transforma a vida!


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Rio das Ostras realiza 9ª Conferência Municipal de Educação em 28 e 29 de junho. Sepe divulga.


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Ética a partir do aquecimento global


Por Leonardo Boff

Em alguns lugares da Terra se rompeu, há dias, a barreira dos 400 ppm de CO2, o que pode acarretar desastres sócio-ambientais de grande magnitude. Se nada de consistente e coletivamente fizermos, podemos conhecer dias tenebrosos. Não é que não podemos fazer mais nada. Se não podemos frear a roda, podemos no entanto diminuir-lhe a velocidade. Podemos e devemos nos adaptar às mudanças e nos organizar para minorar os efeitos prejudiciais. Agora se trata de viver radicalmente os quatro erres: reduzir, reutilizar, reciclar e rearborizar.

Precisamos de uma orientação ética que nos ajude alinhar nossas práticas para a superação da crise atual. Nesse quadro dramático, como fundar um discurso ético minimamente consistente que valha para todos?

Até agora as éticas e as morais se baseavam nas culturas regionais. Hoje na fase planetária da espécie humana precisamos refundar a ética a partir de algo que seja comum a todos e que todos a possam entender e realizar. É o que propunha Paulo Freire com sua Etica Universal do Ser humano que nós acrescentaríamos do ser humano e da Mãe Terra.

Olhando para trás, identificamos duas fontes que orientaram e ainda orientam ética e moralmente as sociedades até os dias de hoje: as religiões e a razão.

As religiões continuam sendo os nichos de valor privilegiados para a maioria da humanidade. Elas nascem de um encontro com o Supremo Valor, com a Última Realidade. Desta experiência nascem os valores de veneração, respeito, amor, solidariedade, compaixão e perdão, fundamentais para a preservação da vida.  Muitos pensadores reconhecem que a religião mais que a economia e a política é a força central que mobiliza as pessoas e as leva até a entregar a própria vida (Huntington). Outros chegam até a propor as religiões como a base mais realista e eficaz para se construir “uma ética global para a política e a economia mundias” (Küng). Para isso as religiões devem dialogar entre si. No diálogo acentuar mais os pontos em comum do que os pontos de diferenciação. Com isso pode se inaugurar a paz entre as religiões. Esta paz não se basta a si mesma mas deve animar a paz entre todos os povos e a paz com a natueza e uma paz perene com a Mãe Terra.

A razão crítica, desde que irrompeu, quase simultaneamente em todas as culturas mundiais, no século 6ª a. C. no assim chamado tempo do eixo (Jaspers), tentou estatuir códigos éticos universalmente válidos, baseados fundamentalmente nas virtudes, cuja centralidade ocupava a justiça. Mas afirma também a liberdade, a verdade, o amor e o respeito ao outro.

A fundamentação racional da ética e da moral – ética autônoma – representou um esforço admirável do pensamento humano, desde os mestres gregos Sócrates, Platão, Aristóteles, passando por Immanuel Kant até os modernos  Jürgen Habermas, Enrique Dussel e entre nós Henrique de Lima Vaz e Manfredo Oliveira entre outros de nossa cultura.

Entretanto o nível de convencimento desta ética racional foi parco e restrito aos ambientes ilustrados. Por isso com limitada incidência no cotidiano das populações. Mesmo assim está se impondo a justiça ecológica: tratar de forma adequada os processos naturais para que possam ser sustentáveis, vale dizer, se manter, se reproduzir e melhorar.

Esses dois paradigmas não ficam invalidados pela crise atual, mas precisam ser enriquecidos se quisermos estar à altura das desafios que nos vêm da realidade hoje profundamente modificada.

Faça-se urgente uma ética do cuidado e da responsabilidade solidária. Para instaurar este tipo de ética precisamos descer àquela instância na qual se formam continuamente os valores, conteúdo principal da ética. A ética, para ganhar um mínimo de consenso, deve brotar da base comum e última da existência humana. Esta base não reside na razão, como sempre pretendeu o Ocidente. A razão – e isso é reconhecido pela própria filosofia – não é nem primeiro nem o último momento da existência. Por isso não explica tudo nem abarca tudo. Ela se abre para baixo de onde emerge, de algo mais elementar e ancestral: a afetividade e o sentimento profundo. Irrompe para cima, para o espírito, que é o momento em que a consciência se sente parte de um todo e que culmina na contemplação e na espiritualidade. Portanto, a experiência de base não é “penso, logo existo”, mas “sinto, logo existo”. Na raiz de tudo não está a razão (“logos”), mas a paixão (“pathos”) que se expressa pela sensibilidade e pelo afeto.

Daí o esforço atual de resgatar a razão sensível e cordial (Meffesoli,Cortina,Duarte, Muniz Sodré). Por este tipo de razão captamos o caráter precioso dos seres, aquilo que os torna dignos de serem apetecíveis. É a partir do coração e não tanto da cabeça que vivenciamos os valores. E é por valores que nos movemos e somos. Em último termo, está o amor que é a força maior do universo e o nome próprio de Deus. Essa ética nos pode engajar em práticas para enfrentar o aquecimento global. O cuidado é uma expressão do amor, amor que protege, confere descanso, cura feridas passadas e evita futuras.

Mas temos que ser realistas: a paixão é habitada por um “demônio” que pode ser destruidor. É um caudal fantástico de energia que, como águas de um rio, precisa de margens, de limites e da justa medida. Caso contrário irrompe avassaladora. É aqui que entra a função insubstituível da razão. É próprio da razão ver claro e ordenar, disciplinar e definir a direção da paixão.

Eis que surge uma dialética dramática entre paixão e razão. Se a razão reprimir a paixão, triunfa a rigidez e a tirania da ordem. Se a paixão dispensar a razão, vigora o delírio das pulsões do puro defrute das coisas. Mas, se vigorar a justa medida e a paixão se servir da razão para um auto-desenvolvimento regrado, então pode surgir uma consciência ética que nos torna responsáveis face ao caos ecológico e ao aquecimento global.

Por ai há caminho a ser percorrido. Para um novo tempo, uma nova ética. E esta nova ética de cunho universal e salvador é o cuidado essencial para com tudo o que existe e vive que está atualmente ameaçado pela voracidade ilimitada humana. Como o cuidado é da essência humana e por isso se encontra em cada pessoa e em todo o ser vivo, ele pode ser acordado e ser transformado num atitude consciente e permanente. Desta forma nos fará ativos face ao aquecimento global, impedindo que ameace nossa existência nesta planeta, tão pequeno, tão belo e tão radiate de vida em todas as suas formas.

Ver meu livro Proteger a Terra- cuidar da vida: como evitar o fim do mundo, Record, Rio de Janeiro 2010.


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terça-feira, 25 de junho de 2013

Dia Nacional de Luta Pelas Reivindicações dos Trabalhadores. Sepe/RJ convoca.


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Sepe convoca rede estadual e municipal do Rio para paralisação de 24 horas e assembleia unificada no dia 27 de junho na ACM

Conforme deliberação da reunião extraordinária da direção do Sepe, realizada nesta segunda-feira, ficou decidido que os profissionais de educação se integrarão ao Dia Nacional de Luta Pelas Reivindicações dos Trabalhadores, fazendo uma paralisação de 24 horas  e participando da passeata convocada pelos sindicatos e movimentos sociais que será realizada neste dia, no Centro do Rio. O Sepe convoca os profissionais de educação do estado e do município para uma assembleia unificada, que será realizada também nesta quinta-feira, no auditório da ACM (Rua da Lapa 86 - Lapa) para decidir os rumos da nossa mobilização.

O objetivo da Assembleia é organizar a mobilização das redes estadual e municipal diante da conjuntura atual, sendo que na rede municipal estaremos discutindo possibilidade de greve já. A pauta do Estado é: Por uma Educação de Qualidade. Vamos derrubar o veto do Cabral a Uma Matrícula Uma Escola! Pauta do município: 1/3 do horário de planejamento e Autonomia nas escolas; reajuste salarial e plano de carreira unificado.



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Menos de 1% das escolas brasileiras têm infraestrutura ideal

Apenas 0,6% das escolas brasileiras têm infraestrutura próxima da ideal para o ensino, isto é, têm biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, laboratório de ciências e dependências adequadas para atender a estudantes com necessidades básicas. O nível infraestrutura avançada inclui os itens considerados mínimos pelo CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial), índice elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Já 44% das instituições de educação básica contam apenas com água encanada, sanitário, energia elétrica, esgoto e cozinha em sua infraestrutura.

Esse é o resultado de um estudo feito pelos pesquisadores Joaquim José Soares Neto, Girlene Ribeiro de Jesus e Camila Akemi Karino, da UnB (Universidade de Brasília), e Dalton Francisco de Andrade, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), intitulado "Uma escala para medir a infraestrutura escolar".

A pesquisa incluiu dados do Censo Escolar de 2011 de 194.932 escolas.

Girlene afirma que ela e os pesquisadores esperavam que os resultados demonstrassem a precariedade de muitas das escolas brasileiras, mas pontua que o percentual de elementares (44%) e de avançadas (0,6%) foi um "choque".

"Sabíamos que encontraríamos diferenças e que a zona rural, por exemplo, apresentaria infraestrutura mais deficitária. Mas não achávamos que seria tanto. O mesmo vale para as diferenças regionais, como é o caso do Norte e do Nordeste, e para as redes municipais, onde se concentram as escolas com as piores condições", afirma.

"A criança, quando chega à escola, tem que ter equipamentos, conforto do ambiente para se concentrar, se dedicar aos estudos e ao aprendizado. O professor precisa de equipamento para desenvolver o trabalho dele, assim como a escola", explica Joaquim José Soares Neto. "O Brasil está passando por um momento em que é consenso que se deve investir em educação. A pesquisa traz uma perspectiva de como orientar esse investimento para resolver um problema que não é simples".

Dados
Para definir uma escala para a situação da infraestrutura, os pesquisadores selecionaram 24 itens de infraestrutura escolar para checar se há sua disponibilidade – ou não – nos colégios públicos brasileiros.

A partir da presença ou não desses itens, as escolas foram distribuídas em quatro categorias. No nível elementar ficam escolas que têm apenas o mínimo para o funcionamento do prédio.

Infraestrutura elementar: Estão neste nível escolas que possuem somente aspectos de infraestrutura elementares para o funcionamento de uma escola, tais como água, sanitário, energia, esgoto e cozinha

Infraestrutura básica: Além dos itens presentes no nível anterior, neste nível as escolas já possuem uma infraestrutura básica, típica de unidades escolares. Em geral, elas possuem: sala de diretoria e equipamentos como TV, DVD, computadores e impressora

Infraestrutura adequada: Além dos itens presentes nos níveis anteriores, as escolas deste nível, em geral, possuem uma infraestrutura mais completa, o que permite um ambiente mais propício para o ensino e aprendizagem. Essas escolas possuem, por exemplo, espaços como sala de professores, biblioteca, laboratório de informática e sanitário para educação infantil. Há também espaços que permitem o convício social e o desenvolvimento motor, tais como quadra esportiva e parque infantil. Além disso, são escolas que possuem equipamentos complementares como copiadora e acesso a internet

Infraestrutura avançada: As escolas neste nível, além dos itens presentes nos níveis anteriores, possuem uma infraestrutura escolar mais robusta e mais próxima do ideal, com a presença de laboratório de ciências e dependências adequadas para atender estudantes com necessidades especiais

Desigualdades regionais

Os dados do estudo revelam que as grandes diferenças entre as regiões do país aparecem também na infraestrutura das escolas. Das 24.079 unidades de ensino da Região Norte, 71% podem ser consideradas no nível elementar, o mais precário. No caso do Nordeste, esse índice ainda se mantém alto, mas cai para 65%. No Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o maior percentual de escolas localiza-se no nível básico. Em todas as regiões a taxa de colégios públicos classificados como de infraestrutura avançada não excede os 2%.

Quando observados os dados por redes, as desigualdades também são grandes. Entre as escolas federais, 62,5% podem ser consideradas adequadas e avançadas. No caso das estaduais, 51,3% das unidades são básicas em relação à infraestrutura e, considerando as municipais, 61,8% das escolas são classificadas como elementares.

Outro dado destacado pelos pesquisadores é a diferença entre as escolas urbanas e rurais. "Enquanto 18,3% das escolas urbanas têm infraestrutura elementar, o oposto ocorre em relação às escolas rurais: 85,2% encontram-se nesta categoria", diz o estudo.

Resultado no desempenho
Os pesquisadores não fizeram ainda a relação entre infraestrutura escolar e o desempenho dos alunos. "É necessário correlacionar os resultados das avaliações, como a Prova Brasil, com as condições físicas das escolas. O nível socioeconômico das regiões em que a infraestrutura é insuficiente é também bastante carente. Essa discussão precisa ser feita", afirma Neto.

Para ele, a escala ajuda a apontar quais são as regiões do país que precisam de políticas públicas especiais. "Não interessa onde a criança esteja: ela tem direito a uma Educação de qualidade. Isso pressupõe também uma infraestrutura escolar de qualidade", ressalta. "É preciso mais recursos, com um investimento que seja realizado com eficiência."

O regime de colaboração entre os entes federados, segundo os pesquisadores, também precisa ser reforçado. "Precisamos que Estados, municípios e União trabalhem juntos nessa questão, definindo políticas públicas que atendam a essas escolas com condições físicas piores. É claro que só isso não resolve a qualidade da educação que é oferecida, mas é uma condição para que as escolas funcionem normalmente", afirma Girlene. "Caso contrário, continuaremos a amargar resultados ruins."

* Com informações da Agência Brasil e do Todos Pela Educação

Fonte:


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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Projeto Sepe vai à escola (15): E.M. Ondina Marcondes, E.M. Simar Sodré e E.M. Padre José Dórea, no bairro Âncora, em Rio das Ostras


No mês em curso, representantes da diretoria do Sepe Núcleo Rio das Ostras e Casimiro de Abreu prosseguiram com o Projeto Sepe vai à escola, visitando escolas municipais situadas no bairro Âncora, conhecido pelas carências quanto às políticas públicas essenciais.



Nas trocas de informações havidas entre os representantes sindicais e a categoria durante as visitas, ficou caracterizado o crescente interesse dos profissionais pela atuação do Sindicato, em especial com relação aos direitos trabalhistas, tanto dos estatutários, quanto dos contratados.




O Sepe, como é do conhecimento geral, possui um Departamento Jurídico na sede da Capital, mas mantém plantões nos Núcleos do interior, como é o caso de Rio das Ostras. Nestas ocasiões, o advogado do Sepe recebe o profissional através de consulta na sede para tirar dúvidas, encaminhar procedimentos administrativos, ou, se for o caso, ajuizar ações para garantir ou conquistar direitos legais. Os plantões jurídicos ordinários acontecem quinzenalmente. O advogado em questão atende a todo Norte e Noroeste fluminense.


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Todo repúdio à violência da PM contra o direito à livre manifestação e expressão de ideias

O Sepe e os profissionais de educação, que participaram da grande manifestação realizada dia 20, no Centro do Rio, vêm a público expressar todo o seu repúdio contra as ações repressivas de policiais militares e da tropa de choque contra pessoas que participaram do protesto e que, em momento nenhum, se envolveram em atos de violência ou depredaram o patrimônio público. Por causa dos excessos das forças de repressão, sob o comando do governo estadual, dezenas de pessoas foram levadas feridas para hospitais do centro do Rio e centenas sofreram agressões da parte de policiais em vários locais do centro, como as imediações da Lapa, Praça XV e Cinelândia.

No final da noite diretores do Sepe e profissionais de educação das redes estadual e municipais que foram à passeata ficaram ilhados em um hotel na Rua Senador Dantas, quando a polícia de choque jogou bombas de efeito moral e, segundo relatos dos presentes, chegou a disparar tiros para dispersar a multidão que se concentrava na Cinelândia depois do ato na Presidente Vargas. O Sindsprev, na Lapa, sofreu uma tentativa de invasão da polícia militar, porque abrigou um grupo de manifestantes, que se refugiaram no local para fugir dos ataques indiscriminados de policiais nas ruas localizadas no entorno da Lapa. Ali, Bares foram invadidos e a polícia jogou bombas de gás lacrimogênio, provocando tumulto, correria e confusão entre aqueles que estavam no local.

No entender do sindicato, nada pode justificar o excesso de violência das forças policiais contra pessoas que estavam nas ruas para exercer o seu legítimo direito de cidadania e de manifestação. Mais uma vez, somos testemunhas de como o governo estadual “lida” com a democracia, ao ordenar que a polícia ataque manifestantes para tentar coibir protestos de rua. Se houve excesso de uma minoria que se integrou aos protestos, nada pode justificar que as forças policiais – que deveriam proteger a população – partam para o ataque e promovam um verdadeiro massacre contra aqueles que foram para as ruas demonstrar sua insatisfação com a situação política atual no país e reivindicar pelos seus direitos.



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Conversando com versos (9): "Vivendo...", de Raul de Leoni



Vivendo...

Nós, incautos e efêmeros passantes.
Vaidosas sombras desorientadas,
Sem mesmo olhar o rumo das passadas,
  Vamos andando para fins distantes...

Então, sutis, envolvem-nos ciladas
De pequenos acasos inconstantes,
Que vão desviando, a todos os instantes,
A linha leviana das estradas...

Um dia, todo o fim a que chegamos,
Vem de um nada fortuito, entretecido
Nas surpresas das horas em que vamos...

Para adiante! Ó ingênuos peregrinos!
Foi sempre por um passo distraído
Que começaram todos os destinos...



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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Protesto inédito reúne mais de 5 mil manifestantes nas ruas de Rio das Ostras. Sepe presente.


Nesta quinta-feira, 20 de junho, protesto inédito reverbera em Rio das Ostras a atual onda de manifestações pelo Brasil.

Talvez, pareça prematura uma análise crítica deste movimento que vem sacudindo o status quo nacional  com ampla repercussão internacional.

No entanto, salvo melhor juízo, este fenômeno social não é fruto, como  alguns dizem, de um espontaneísmo ou mero mimetismo do que acontece pelo mundo.

Preliminarmente, poderíamos dizer que esse movimento tem três fundamentos: Insere-se no fenômeno mais geral por mudança no mundo político; a generalização ao acesso à comunicação via redes sociais; e o anseio disseminado de protagonismo real.

Ainda é cedo para avaliar a origem e orientação de todo este movimento. O que sabemos é que já é fato histórico presente para ser lembrado. A dúvida, exatamente pelo seu caráter independente e autônomo de instituições e entidades constituídas, está em se saber os seus rumos futuros.

Desnecessário ressaltar que o protesto não se restringe a uma questão específica, como o caso do aumento das passagens urbanas. Desde o início saltava aos olhos de qualquer observador.

O que fica nítido é que se trata de um forte desejo por mudanças na forma de fazer política, no acesso aos serviços públicos de qualidade e no atendimento às expectativas de vida da juventude contemporânea.

Em síntese, os jovens e estudantes parecem estar dando um recado às gerações mais antigas (mesmo àquelas engajadas há anos nos movimentos sociais e sindicais) de que não aceitam a barbárie como “normalidade” para uma civilização.

As vozes juvenis parecem estar gritando, com uma nova linguagem, que outro Brasil é possível.

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