segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Assédio moral e perseguição: males a serem coletivamente combatidos



O assédio moral consiste na exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, geralmente repetitivas e prolongadas, durante o horário de trabalho, situações essas que ofendem a sua dignidade ou integridade física; cabe destacar que, em alguns casos, um único ato, pela sua gravidade, pode também caracterizá-lo. Pode-se dizer que o assédio moral é toda e qualquer conduta que ocorre por meio de palavras ou mesmo atitudes que traz dano à integridade psíquica do trabalhador, degradando o ambiente de trabalho.
O objetivo do assediador é motivar o trabalhador a pedir demissão ou remoção para outro local de trabalho, mas o assédio pode configurar-se também com o objetivo de mudar a forma de proceder do trabalhador em relação a algum assunto (por exemplo, para que deixe de apoiar o sindicato ou determinado movimento reivindicatório em curso), ou simplesmente visando a humilhá-lo perante a chefia e demais colegas, como uma espécie de punição pelas opiniões ou atitudes manifestadas.
Nesse sentido, o assédio moral vindo do superior em relação a um trabalhador pode acarretar mudanças negativas também no comportamento dos demais trabalhadores, que passam a isolar o assediado, pensando em afastar-se dele para se proteger da mesma atitude e, muitas vezes, reproduzindo as condutas do agressor. Passa a haver, assim, uma rede de silêncio e tolerância às condutas arbitrárias, bem como a ausência de solidariedade para com o trabalhador que está exposto ao assédio moral.
Por que o assédio moral é frequente no âmbito do serviço público?
O setor público é um dos ambientes de trabalho onde o assédio se apresenta de forma mais visível e marcante. Neste ambiente, o assédio moral tende a ser mais frequente em razão de uma peculiaridade: o chefe não dispõe sobre o vínculo funcional do servidor. Não podendo demiti-lo, passa a humilhá-lo e a sobrecarregá-lo de tarefas inócuas. Outro aspecto de grande influência é o fato de que, no setor público, muitas vezes, os chefes são indicados em decorrência de seus laços de amizade ou de suas relações políticas, e não por sua qualificação técnica e preparo para o desempenho da função. Despreparado para o exercício da chefia, e muitas vezes sem conhecimento mínimo necessário para tanto, mas escorado nas relações que garantiram a sua indicação, o chefe pode tornar-se extremamente arbitrário, por um lado, buscando compensar suas evidentes limitações, e, por outro, considerando-se intocável.
As formas do assédio moral na Prefeitura de Rio das Ostras
Muitas são as formas que chefias têm usado para perseguir servidores municipais: 1- Ser rigoroso com o cumprimento de horário de uns e não de todos, criar privilégios para alguns e rigores excessivos com outros, ferindo acintosamente os princípios da isonomia e da impessoalidade; 2- Esvaziar as funções do servidor, rebaixá-lo às tarefas aquém de suas capacidades técnicas e criativas; 3- Colocar o servidor à disposição sem justificativa, mudá-lo constantemente de setor, deixá-lo no ostracismo, ou seja, sem nada para fazer – e mesmo assim exigir o cumprimento de horário; 4- Dar causa a inquéritos administrativos por motivações torpes e toscas; 5- Desqualificar com palavras em reuniões e para terceiros a figura do servidor bem como o seu trabalho; 6- Exigir o cumprimento de ordens ilegais ou fora das atribuições do servidor; 7- Desviar o servidor de função sem o consentimento do mesmo ou motivação que justifique; 8- Impedir o servidor de cumprir horários alternativos ou cumprir horas extras quando essas situações são permitidas a colegas de um mesmo setor; 9- Obrigá-lo a fazer horas extras fora das condições previstas em Lei;
A gestão Só a luta muda à vida do SEPE Rio das Ostras visa combater fortemente o assédio moral e a perseguição nas repartições das Prefeituras de Rio das Ostras. Estamos recebendo individualmente os profissionais da educação que passam por essa situação através de atendimento exclusivo e privado feito pelo coordenador geral do núcleo junto ao advogado do SEPE uma vez por mês. Fazemos o acolhimento e debatemos a melhor estratégia de como agir com o assediador e os fatos do assédio, e encaminhamos respostas aos processos administrativos internos na prefeitura, claro com concordância do servidor assediado, ou seja, colocamos com mais atenção e empenho a estrutura jurídica para defender os servidores e processar administrativa e quando necessário judicialmente os perseguidores. Outra possibilidade é a realização de atos públicos que exponham os fatos e os assediadores para o julgamento da opinião pública. Esses são os meios que temos. É preciso constranger chefias inescrupulosas, muitos colocados nos cargos por favores pessoais e apadrinhamentos de vereadores e prefeitos, sem a menor condição técnica ou moral pra ocupar as funções a que são destinados. Por isso a uma década o SEPE defende eleições para diretores de escola, e seguimos cobrando da prefeitura e da câmara municipal a implementação imediata de tal medida É preciso escancarar e condenar publicamente tais práticas de assédio moral que prejudicam não somente o servidor em sua vida funcional e em sua saúde mental, mas também prejudica a prestação de um serviço público de qualidade e por conseguinte, todos os cidadãos dos municípios são prejudicados. Profissionais da educação filiem-se ao SEPE, só lutando coletivamente vamos conseguir melhores condições de trabalho, pois Só a luta muda a vida!

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Teatro: A CASA e o MUNDO lá fora – Cartas de Paulo Freire para Nathercinha

Em comemoração ao dia dos professores e dia dos servidores públicos, o SEPE traz uma peça gratuita para seus filiados a ser realizada no teatro municipal de Rio das Ostras às 20h de quinta dia 26 de Setembro. A retirada do ingressos dara-se exclusivamente na sede do SEPE Rio das Ostras. CIRCUITO SEPEA CASA e o MUNDO lá fora – Cartas de Paulo Freire para Nathercinha volta a se apresentar no que estamos chamando de CIRCUITO SEPE; uma parceria entre a En La Barca Jornadas Teatrais com sindicatos de professores do estado do Rio de Janeiro para uma série de apresentações de formação destinadas a educadores e educandos do estado e ao público interessado em geral.O primeiro ciclo de apresentações está sendo produzido pelos SEPEs Lagos, Rio das Ostras e Macaé, além do SINPRO de Macaé e conta com três apresentações nas cidades de Macaé, Rio das Ostras e Cabo Frio nos dias 25, 26 e 27 de setembro respectivamente.
A CASA E O MUNDO LÁ FORA: Cartas de Paulo Freire para Nathercinha traz a cena, a partir de fatos reais, a narrativa de uma menina de nove anos, que nos anos 60 se correspondeu por cartas com Paulo Freire durante o período do seu exílio no Chile.
A partir da obra homônima de Nathercia Lacerda, e seguindo a linha de pesquisa do Teatro Documentário, levantamos um debate sobre Paulo Freire e suas ideias a partir do projeto pedagógico pioneiro de alfabetização de adultos criado por ele em Angicos – RN no início dos anos 60.
A peça já conta com dezenas de apresentações no Rio de Janeiro, São Paulo e Região dos Lagos. Integra a Trilogia Documental - A Voz dos Anônimos; um ciclo de pesquisas do coletivo teatral En La Barca Jornadas teatrais sobre os princípios do Teatro Documentário. Participam dessa trilogia os projetos ANTÔNIO DE GASTÃO - Memória é Trabalho e LUGAR de CABEÇA LUGAR de CORPO.





Leia abaixo o informe completo da reunião que o SEPE teve em 13-09 com o prefeito de Rio das Ostras

IMERO CONTINUA!!!
Assista ao vídeo
Agora é mobilizar para conseguir outras pautas!!!
13/09, nós da direção do SEPE, junto a representantes da base da categoria, nos reunimos novamente com a PMRO, discutimos a pauta aprovada em assembleia da categoria e conquistamos algumas GRANDES VITÓRIAS como: a ALTERAÇÃO no PL 05/2019 (Estatuto do Servidor) que propunha 44h como carga horária máxima semanal, GARANTIMOS COMO CARGA HORÁRIA MÁXIMA AS 40H; além disso, garantimos a reabertura de novas turmas do ensino médio no IMERO - APÓS DOIS ANOS DE LUTAS, HOUVE O COMPROMISSO DE PUBLICAÇÃO DE EDITAL PARA (pelo menos) UMA TURMA EM OUTUBRO.
Sobre o reajuste salarial (nossa exigência é de 16,48%) foi marcada nova reunião em 11/10 para apresentação de estudo do índice de reajuste + reposição de perdas, exigimos que a reposição seja paga já no pagamento de outubro. Nessa reunião também estará presente o representante do OSTRASPREV para debatermos a incorporação da gratificação de regência e o início de um estudo sobre impacto laboral das profissionais de creches e escolas de educação infantil.
Debatemos ainda o novo concurso público para os profissionais da educação fomos informados da assinatura de contrato com IBAM (Instituto de Brasileiro de Administração Municipal) com o objetivo de publicação do edital em 27/09.
A reivindicação de eleição para direção de escolas, pauta importantíssima para a categoria, está estacionada na Câmara Municipal no PL 40/2019. As outras pautas serão debatidas nas próximas reuniões, e o secretário de educação se comprometeu de fazer o debate acerca do Anteprojeto do PCCV (protocolado na última semana) seja feito com a participação efetiva do SEPE. PRECISAMOS DA MOBILIZAÇÃO DA CATEGORIA PARA PRESSIONAR O AVANÇO DA PAUTA! É HORA DE NOS MOBILIZARMOS PARA QUE HAJA APROVAÇÃO AINDA EM SETEMBRO DA ELEIÇÃO PARA DIREÇÃO DE ESCOLAS, E TAMBÉM GARANTIA DE UM REAJUSTE SALARIAL AINDA EM OUTUBRO.
Avançamos nas nossas pautas, mas muito ainda temos para avançar, O SEPE SOMOS NÓS, NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ!

Rede Estadual: greve de advertência 19 de setembro

O SEPE convoca a categoria para estar presente no dia 19/9 na greve de advertência. Os profissionais da educação do Rio de Janeiro farão assembleia da rede estadual as 10h na ABI no Rio de Janeiro para debater reajuste salarial, defesa do plano de carreira dos ataques do governador, e defesa da manutenção dos direitos da nossa previdência. 
Organizar a resistência contra os ataques aos nossos direitos
Após oito meses de governo Bolsonaro não existe nenhuma dúvida sobre os retrocessos que o país vem passando. O neoliberalismo exacerbado implementado neste período gerou 13 milhões de desempregados no Brasil e a previsão de crescimento do PIB de 0,8%, o que demonstra a ineficácia dessa política. A meta de redução drástica do déficit fiscal apresentada pelo governo, significa o desmonte de todos os serviços públicos e a retirada de direitos da classe trabalhadora.
Além disso, o fim das políticas de proteção ambiental, geraram a atual devastação da Amazônia através de incêndios feito pelos grileiros. Os ataques aos direitos das comunidades indígenas que lutam pela demarcação de suas terras, é constante neste governo, que não respeita a constituição de 1988.
A Reforma da Previdência é o maior ataque aos direitos dos trabalhadores dos últimos anos, que fara a população trabalhar até morrer. Essa medida foi comprada por um parlamento corrupto que receberá 2 bilhões de reais em emendas parlamentares, em troca de seus votos favoráveis a essa reforma draconiana. Para isso, houve o corte de 926 milhões que saem do ministério da educação, e o MEC fez novos cortes de 5.600 novas bolsas de pesquisa da CAPES.
Os governos federal, estadual e municipal, não fazem política para resolver os principais problemas como os baixos salários dos profissionais da educação; a jornada excessiva de trabalho; o não cumprimento da lei de 1/3 de planejamento; as salas de aulas superlotadas de alunos; a falta de infraestrutura física das escolas; a má qualidade da merenda escolar; a falta de creches; a violência nas escolas.
Segundo o relatório da UNESCO de monitoramento global da educação, publicado no dia 24/10/2017: “(...) A responsabilização desproporcional sobre os professores quando se refere a problemas educacionais pode ter sérios efeitos colaterais negativos, além de ampliar as desigualdades e prejudicar a aprendizagem (...)”. Ou seja, os estudos sobre os problemas na área da educação caminham no sentido oposto a preocupação do novo ministro da educação, que responsabiliza os professores pelos problemas educacionais no Brasil.
Neste momento, percebemos que realmente estamos diante de um retrocesso sem precedentes na educação brasileira. O objetivo deste governo é disciplinar os alunos a obedecer, sem criticidade e sem reflexão teórica. Cabe aos sindicatos conscientizar, agitar, organizar e mobilizar a categoria contra as reformas neoliberais.
Precisamos construir uma ampla unidade entre os diversos setores da classe trabalhadora, grêmios e comunidade escolar, para garantir o direito aos alunos de escolas públicas ao ensino de qualidade. Seguiremos acreditando que só a luta organizada nas ruas mudará nossas vidas.
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ
 SEPE Rio das Ostras/Casimiro de Abreu - gestão só a luta muda a vida!

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Assembleia unificada do núcleo Rio das Ostras dia 11-09 às 18h

No dia 11 de setembro, os profissionais da educação farão uma assembleia unificada das redes estadual e municipal de Rio Das Ostras. A rede estadual luta por reajuste salarial que não ocorre a 5 anos e pela manutenção dos direitos do seu plano de carreira, que recentemente foi ameaçado pelo governador. Por isso, a última assembleia geral do SEPE realizada no Rio de Janeiro aprovou o estado de greve, com greve de advertência de 24h no dia 19 de setembro. O núcleo de Rio das Ostras organizara o transporte para irmos nesta assembleia no Rio de Janeiro às 10h na ABI, seguida de ato público em frente a ALERJ a partir das 15h. A rede municipal também está em luta pelo reajuste salarial de 16% pelos anos anteriores de defasagem. Além disso, vamos debater a proposta de novo estatuto dos servidores municipais que o prefeito encaminhou recentemente para câmara, debater como cobrar da prefeitura a eleição para diretor de escolas aprovada na câmara, e ainda não regulamentada, e debater nossas condições de trabalho. Essas propostas serão apresentadas na próxima reunião com o prefeito, marcada para o dia 13 de setembro. O SEPE somos nós nossa força e nossa voz, por isso temos que estar presentes na nossa assembleia local, para fortalecer a luta da nossa categoria, pois só a luta muda a vida.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Assembleia da rede estadual vota estado de greve

Assembleia da rede estadual dos profissionais da educação do Rio de Janeiro vota estado de greve em defesa do plano de carreira e de reajuste salarial que não ocorre há 5 anos. Caso o governo do Estado apresente novo decreto ou proposta legislativa sobre a retirada do progresso por tempo de serviço ou modificação no critério de concessão, o sindicato convocará em até 72 horas uma assembleia para votação de greve por tempo indeterminado até o governador desistir de alterar o nosso plano de carreira.
Também foi aprovado na Assembleia greve de advertência de 24 horas no dia 19 de setembro com a Assembleia na ABI às 10 horas e ato às 15 horas na ALERJ.
Até o dia 18 de setembro, visitar escolas mobilizando a categoria para encher a Assembleia e fazer um grande Ato da Educação no dia 19 de setembro.
É tarefa de quem é militante divulgar e convocar os colegas para essa Greve de Advertência de 24 horas.