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CONSTRUÇÃO CULTURAL 22/05/2016 no #OCUPACINAMOMO
O Professor Jonathan é diretor do SEPE Rio das Ostras/Casimiro de Abreu esse brilhante texto sobre a ocupação cultural do Coletivo Construção no Ocupa Cinamomo, só a luta muda a vida!
É preciso não ter medo, diz uma frase que agora compõe a nova estética do Cinamomo. Antes, as paredes não reclamavam seus limites e os estudantes sentiam que não tinham voz! Agora eles não têm medo, como o poeta-guerrilheiro que subscreve a frase pichada, Marighella, aquele que indiferente à dor morreu murmurando o nome da Liberdade!
Era, desde há muito, necessário ter coragem, e era necessário gritar. O grito é este acúmulo de silêncios. Agora aquelas paredes gritam em tom poético e numa estética rebelde, segura, determinada a certeza de que não haverá silêncio!
Todas as revoluções são impossíveis até se tornarem inevitáveis. Quem entrou ontem no Cinamomo se deparou com a prática desta teoria que violentamente rompeu o silêncio da parede frente ao portão. Algum tipo de revolução inevitável se desenvolve célula por célula, escola ocupada por escola ocupada. O Cinamomo, única das cinco escolas de Rio das Ostras ocupada, é um espaço vivo de construção de uma nova sociedade, um experimento de sociabilidade e convivência coletiva, de decisões plurais e de gestão democrática.
O que esta geração está escrevendo, ao citar gerações que os precederam, é que a luta é um contínuo, e que, por isto mesmo, reivindicar as experiências e os aprendizados históricos de lutas é revolucionário.
Nossa teoria é um chamado pra ação, diz a letra do rap de Bernardo Salgado. Como uma pichação no cérebro de quem reflete, pensa, questiona, critica, o nosso letrista convida a sociedade a se posicionar não só no discurso, mas na prática. E isto foi o CONSTRUÇÃO CULTURAL: A prática do discurso.
As apresentações que lá ocorreram envolveram as principais figuras do cenário artistico-cultural-alterna tivo
(salvas exceções que não puderam estar presentes) da cidade de Rio das
Ostras. Numa conjuntura em que o oportunista Michel Temer acaba com o
Ministério da Cultura e os artistas e profissionais da área se sentem
compelidos a se posicionar, o #OcupaCinamomo se configura como o espaço
de de expressão de inconformidades por excelência! O território mais
crítico que aglutinou o movimento de resistência negra e feminina com o
Mulheres Mais Ativas (MMA), a violenta e necessária arte de rua (se ela
me permite dizer assim), de Gabriela Marquez, o olhar preciso e sempre
terno de Sagui Gepeto, a ácida crítica de Tailor Vinhoza ao status quo, a
experiência em produções de eventos do Coletivo Mucambo, as vozes que
(en)cantam a cidade de Renata Cabral (com seu parceiro Jefferson Eduardo
Ferreira), Arnaldho de Sá, Marcos Matarazzo, Misha, Urbanamente. O
Clube do Vinil marcou a sua presença ckmo já tem feito abrilhantando o
evento. Várias oficinas aconteceram com exposição de desenhos, pinturas,
poesias (e eu tive a oportunidade de apresentar meus escritos junto a
estas grandes estrelas que compuseram esta Constelação Cinamomo).
O encantador de pessoas, André De Oliveira Miguel foi mais que um Mestre de cerimônia, o exemplo do Griôt que não permitia o desânimo ou o cansaço, dançando, apresentando as atrações, ou contando histórias (na presença da dupla AnJos-Contadores de Histórias - da qual eu também faço parte).
Tivemos a presença de diversos lutadores. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, junto aos profissionais que representa, esteve lá demonstrando que esta luta pela educação pública, laica, de qualidade, socialmente referenciada, com gestão democrática é uma luta de todos. Profissionais da UFF também estiveram lá, apoiando o movimento assim como muitos estudantes universitários. Muitos pais, com seus filhos, com crianças, refutaram a tese difundida por uma certa diretora de que ali poderia haver algum risco à sua integridade física. O risco que qualquer pessoa sofre hoje ao entrar no Cinamomo é o risco de pensar que as coisas podem ser diferentes.
Mas na confluência de todas estas vozes num grito uníssono que se poderia traduzir na expressão #OcupaTudo, uma voz se sobressaía: a voz dos estudantes secundaristas. Esta voz que ecoa em mais de 80 escolas ocupadas no estado do Rio de Janeiro, em mais de 150 no Rio Grande do Sul e, salvo engano, em mais de 30 no Ceará, além das de São Paulo, (e que ecoou também no Espírito Santo e em Goiás no final do ano passado) sabe que tem algo a dizer e quer dizer este algo e está dizendo (não posso deixar de citar também as diversas ocupações dos prédios do MinC, a ocupação da ALESP, as ocupações da SEEDUC-RJ).
Como na história em que as crianças levantam o céu esta geração poderá fazer coisas inacreditáveis. Para isto, precisam prosseguir firmes nesta luta, precisam estar ombro a ombro com outros lutadores, precisam demonstrar a coragem que já lhes salta pelos olhos inevitavelmente.
Agora, em que o muro vai se tornando mais fino e já não é possivel se equilibrar todos têm de se decidir para que lado querem ir: o lado dos governos que sucateiam os serviços públicos e prejudicam as nossas vidas para continuar privilegiando aquela ínfima minoria rica, ou o lado de lutadores e lutadoras que decidiram gritar, seja com a garganta ou nas paredes, que nao darão um minuto sequer de trégua aos nossos algozes.
Finalizo com agradecimento ao Coletivo Construção, idealizador deste belíssimo evento, em especial às produtoras culturais do coletivo: Taiany Oliver e Ana Carolina Ferreira! Foi um dia inesquecível.
#OcupaCinamomo
#OcupaTudo
#ColetivoConstrução
É preciso não ter medo, diz uma frase que agora compõe a nova estética do Cinamomo. Antes, as paredes não reclamavam seus limites e os estudantes sentiam que não tinham voz! Agora eles não têm medo, como o poeta-guerrilheiro que subscreve a frase pichada, Marighella, aquele que indiferente à dor morreu murmurando o nome da Liberdade!
Era, desde há muito, necessário ter coragem, e era necessário gritar. O grito é este acúmulo de silêncios. Agora aquelas paredes gritam em tom poético e numa estética rebelde, segura, determinada a certeza de que não haverá silêncio!
Todas as revoluções são impossíveis até se tornarem inevitáveis. Quem entrou ontem no Cinamomo se deparou com a prática desta teoria que violentamente rompeu o silêncio da parede frente ao portão. Algum tipo de revolução inevitável se desenvolve célula por célula, escola ocupada por escola ocupada. O Cinamomo, única das cinco escolas de Rio das Ostras ocupada, é um espaço vivo de construção de uma nova sociedade, um experimento de sociabilidade e convivência coletiva, de decisões plurais e de gestão democrática.
O que esta geração está escrevendo, ao citar gerações que os precederam, é que a luta é um contínuo, e que, por isto mesmo, reivindicar as experiências e os aprendizados históricos de lutas é revolucionário.
Nossa teoria é um chamado pra ação, diz a letra do rap de Bernardo Salgado. Como uma pichação no cérebro de quem reflete, pensa, questiona, critica, o nosso letrista convida a sociedade a se posicionar não só no discurso, mas na prática. E isto foi o CONSTRUÇÃO CULTURAL: A prática do discurso.
As apresentações que lá ocorreram envolveram as principais figuras do cenário artistico-cultural-alterna
O encantador de pessoas, André De Oliveira Miguel foi mais que um Mestre de cerimônia, o exemplo do Griôt que não permitia o desânimo ou o cansaço, dançando, apresentando as atrações, ou contando histórias (na presença da dupla AnJos-Contadores de Histórias - da qual eu também faço parte).
Tivemos a presença de diversos lutadores. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, junto aos profissionais que representa, esteve lá demonstrando que esta luta pela educação pública, laica, de qualidade, socialmente referenciada, com gestão democrática é uma luta de todos. Profissionais da UFF também estiveram lá, apoiando o movimento assim como muitos estudantes universitários. Muitos pais, com seus filhos, com crianças, refutaram a tese difundida por uma certa diretora de que ali poderia haver algum risco à sua integridade física. O risco que qualquer pessoa sofre hoje ao entrar no Cinamomo é o risco de pensar que as coisas podem ser diferentes.
Mas na confluência de todas estas vozes num grito uníssono que se poderia traduzir na expressão #OcupaTudo, uma voz se sobressaía: a voz dos estudantes secundaristas. Esta voz que ecoa em mais de 80 escolas ocupadas no estado do Rio de Janeiro, em mais de 150 no Rio Grande do Sul e, salvo engano, em mais de 30 no Ceará, além das de São Paulo, (e que ecoou também no Espírito Santo e em Goiás no final do ano passado) sabe que tem algo a dizer e quer dizer este algo e está dizendo (não posso deixar de citar também as diversas ocupações dos prédios do MinC, a ocupação da ALESP, as ocupações da SEEDUC-RJ).
Como na história em que as crianças levantam o céu esta geração poderá fazer coisas inacreditáveis. Para isto, precisam prosseguir firmes nesta luta, precisam estar ombro a ombro com outros lutadores, precisam demonstrar a coragem que já lhes salta pelos olhos inevitavelmente.
Agora, em que o muro vai se tornando mais fino e já não é possivel se equilibrar todos têm de se decidir para que lado querem ir: o lado dos governos que sucateiam os serviços públicos e prejudicam as nossas vidas para continuar privilegiando aquela ínfima minoria rica, ou o lado de lutadores e lutadoras que decidiram gritar, seja com a garganta ou nas paredes, que nao darão um minuto sequer de trégua aos nossos algozes.
Finalizo com agradecimento ao Coletivo Construção, idealizador deste belíssimo evento, em especial às produtoras culturais do coletivo: Taiany Oliver e Ana Carolina Ferreira! Foi um dia inesquecível.
#OcupaCinamomo
#OcupaTudo
#ColetivoConstrução
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